Veja as armas que os Estados Unidos usariam na Terceira Guerra Mundial

Dominar os céus é um começo promissor para se vencer uma guerra - e é nisso que os EUA estão apostando
Vinicius Szafran17/01/2020 18h24, atualizada em 17/01/2020 18h50

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Os Estados Unidos estão sempre trabalhando em armas melhores e mais destrutivas. Elas são projetadas para impedir e, se necessário, vencer uma guerra contra qualquer outra nação. Muitos desses projetos de alta tecnologia poderiam ser usados em uma eventual Terceira Guerra Mundial.

A Agência de Projetos de Pesquisa Avançada da Defesa – DARPA, a organização científica do Pentágono – começou a trabalhar em um pequeno drone que amplia o alcance de um míssil AIM-120. O “Flying Missile Rail” (FMR) poderia ajudar os caças, da Força Aérea e da Marinha dos EUA, a combinar e até exceder a gama, cada vez maior, de mísseis russos e chineses. O mais recente AIM-120 possui um alcance de 160 quilômetros. A China está testando um míssil de combate aéreo de longo alcance que, aparentemente, pode voar até 321 km.

Talvez, igualmente importante, o gerente de programa e coronel da Força Aérea, Jimmy Jones, quer que o lançador robótico seja barato e fácil de produzir, para que os militares possam rapidamente fabricar centenas deles bem a tempo de um grande combate.

A DARPA divulgou seu pedido de propostas para o Flying Missile Rail no começo de setembro de 2017. A ideia da agência é gastar US$ 375 mil no próximo ano, desenvolvendo e testando um protótipo.

Reprodução

A iniciativa é uma resposta ao crescente custo e complexidade de novos aviões de guerra. Se os militares não conseguem construir um novo caça tripulado de maneira rápida e barata, talvez eles possam equipar os aviões que já existem com trilhos robóticos, de modo a torná-los mais mortais em combate.

Para isso, a DARPA tem dois planos: desenvolver um design para o Flying Missile Rail, enquanto também desenvolve um processo para produzir cópias do trilho a uma taxa de 500 unidades por mês. Em comparação, a Força Aérea e a Marinha solicitaram juntas apenas 325 AIM-120 para 2018 – uma taxa de produção de, cerca de, 27 mísseis por mês.

Idealmente, o FMR será capaz de fazer mais do que apenas lançar um míssil. “Um FMR é um dispositivo que pode opcionalmente permanecer na asa de uma aeronave hospedeira F-16 ou F-18 e liberar um míssil AIM-120 ou, alternativamente, voar para longe da aeronave hospedeira, agindo como um reforço e estendendo o alcance de um AIM-120, bomba de pequeno diâmetro ou cápsula de carga útil especial”, escreveu Jones.

O trilho deve ser compatível com os pontos de hardwing existentes nos F-16 da Força Aérea e nos F/A-18 da Marinha. Ele também deve ter espaço para rádio e antena, para que o trilho possa se comunicar com o caça lançador.

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Jones declarou que o FMR poderia compartilhar tecnologia com o programa Loyal Wingman, da Força Aérea – que modifica os antigos F-16 para voos autônomos -, bem como o esforço de Alvo Aéreo de Quinta Geração, que está desenvolvendo um drone furtivo e barato que pode, em teoria, fornecer capacidades de combate.

A Força Aérea também está trabalhando com o fabricante de drones, Kratos, na chamada “Aeronave Atritável de Baixo Custo” (LCAA), que visa produzir um pequeno drone armado a jato com a mesma facilidade de produção que o FMR. A ideia é poder comprar lotes de cem LCAAs a um custo de, aproximadamente, dois caças F-35, ou US$ 300 milhões.

O Pentágono vem trabalhando com o conceito de “avião de arsenal”, que envolve drones ou combatentes tripulados voando à frente, e designando alvos para bombardeiros pesados que carregam dezenas de mísseis. Os drones e caças agem como sensores velozes e ágeis, capazes de sobreviver às defesas inimigas. Os bombardeiros ficam fora de perigo, esperando o comando para disparar barragens de mísseis.

Combinando todos esses esforços, está claro para aonde vai à Força Aérea dos EUA. Nos próximos anos, vastos enxames de drones poderiam entrar em combate, ao lado de caças tripulados, cada um carregando seus próprios drones menores, armados com seus mísseis. Todos estariam em contato com aviões de arsenal distantes, com drones e mísseis adicionais.

O resultado seria um esquadrão muito mais fortemente armado, capaz de atingir alvos com maior alcance, enquanto expõe menos pilotos ao fogo inimigo. E aqui está o primeiro passo – essa forma mais letal de poder aéreo pode ser realmente mais barata.

Via: The National Interest

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital