A força aérea dos EUA está realizando estudos para o desenvolvimento de aeronaves de combate de sexta geração, que entrariam em operação entre 2030 e 2040, voando ao lado de versões atualizadas dos atuais caças F-35.

A iniciativa foi batizada de Next Generation Air Dominance (NGAD, Domínio Aéreo de Próxima Geração) e recentemente ganhou força com a criação de protótipos e demonstração de novas tecnologias.

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“Concluímos uma análise de alternativas e nossa equipe de aquisição está trabalhando nos requisitos. Estamos profundamente envolvidos em experimentos com tecnologias de hardware e software que nos ajudarão a controlar e explorar o poderio aéreo no futuro”, disse o general James Holmes, comandante do Comando de Combate Aéreo, a repórteres durante a conferência Ar, Espaço e Cyber da Associação da Força Aérea.

Segundo William Roper, Diretor de Aquisição na Força Aérea dos EUA, parte dos avanços no programa vem do uso de tecnologias como a engenharia digital, que permite aos engenheiros e projetistas testar novos materiais, configurações e modelos de aeronaves rapidamente em um ambiente virtual. Com isto há um ganho de produtividade na construção de protótipos e modelos reais, já que apenas os designs mais promissores são construídos.

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Entre as tecnologias avaliadas para um caça de 6.ª. Geração estão drones stealth, voo hipersônico, armas Laser, novo armamento de precisão e tecnologias de IA capazes de organizar e priorizar alvos em questão de milissegundos.

Novas tecnologias para evitar a detecção pelo inimigo incluem pesquisa em materiais para a “pele” do avião que sejam capazes de distorcer ou eliminar a distribuição de calor, alterando a “forma” do avião em sensores e câmeras términcas. Se fosse possível levar a aeronave à mesma temperatura da atmosfera ao seu redor, por exemplo, ela se tornaria completamente invisível a este tipo de sensor.

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Outra novidade são os Propulsores de Ciclo Variável, motores a jato onde um terceiro fluxo de ar, sob controle do piloto, pode ser injetado no motor. Com isso o alcance, eficiência e velocidade da aeronave teriam uma “melhoria massiva”.

Mas uma das características mais importantes em um caça de 6.ª. Geração será a capacidade de comunicação e troca de informações.

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“Estamos indo em direção a um futuro onde as aeronaves têm de ser vistas não só como elementos isolados, mas como nós em um sistema de informação, criando um “sistema de sistemas” capaz de se formar e corrigir sozinho com um grau de percepção maior do que o adversário pode conseguir, e um grau muito maior de sobrevivência”, disse o tenente-general da reserva David Deptula, que planejou ataques aéreos dos EUA durante a Operação Tempestade no Deserto e atualmente é decano do Instituto Mitchell de Estudos Aeroespaciais nos EUA.

Combinada a sensores sofisticados, essa “rede” de combate poderia tornar obsoleto o combate aéreo (dogfight) como conhecemos dos filmes. A doutrina atual prega a detecção e destruição de um inimigo antes mesmo que ele esteja visível, no que é chamado de BVR (Beyond Visual Range).

A Northrop Grumman, a divisão Skunk Works da Lockheed Martin e a Phantom Works da Boeing são algumas das empresas trabalhando na prototipagem de aviões de 6.ª geração e tecnologias avançadas.

Fonte: The National Interest