CEO do Google pede regulamentações para inteligência artificial

Sundar Pichai defende que o mundo deve se certificar de usar a tecnologia "para o bem"
Vinicius Szafran20/01/2020 20h04, atualizada em 20/01/2020 20h20

20190610122203

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Sundar Pichai, CEO da Alphabet e do Google, solicitou novas regulamentações no mundo da inteligência artificial, destacando os perigos da tecnologia, como reconhecimento facial e deepfakes, enfatizando que qualquer legislação deve equilibrar “danos potenciais com oportunidades sociais”.

“Não há dúvidas de que a inteligência artificial precisa ser regulamentada. É muito importante fazer isso”, escreveu Pichai em um editorial no The Financial Times. Mesmo assim, deixou uma pergunta no ar: “Como lidar com isso?”.

Embora Pichai diga que um novo regulamento é necessário, ele também defende uma abordagem cautelosa, que pode não ter muitos controles significativos sobre a inteligência artificial. Ele observou que “novas regras apropriadas” devem ser introduzidas para alguns produtos, como carros autônomos. Mas em outras áreas, como atendimento médico, as estruturas existentes podem ser expandidas para abranger produtos assistidos por IA.

Reprodução

Ele acrescentou ainda que a IA “pode aumentar o conhecimento, o sucesso, a saúde e a felicidade das pessoas”. Contudo, alertou que “a história está cheia de exemplos de como as virtudes da tecnologia não são garantidas”.

“Empresas como a nossa não podem simplesmente construir novas tecnologias promissoras e deixar as forças do mercado decidirem como serão usadas”, disse Pichai. “É igualmente importante para nós garantirmos que a tecnologia seja usada para o bem e esteja disponível para todos”.

Atualmente, os Estados Unidos e a União Europeia têm planos diferentes para uma regulamentação da IA. Enquanto os EUA defendem uma regulamentação leve que evite “alcance excessivo” para incentivar a inovação, a UE considera uma intervenção mais direta, como a proibição por cinco anos do reconhecimento facial.

Reprodução

O editorial de Pichai também levantou questões não resolvidas sobre a vanguarda da abordagem do Google para a regulamentação da inteligência artificial. Por exemplo, o CEO salienta que os princípios internos da companhia proíbem certos usos da tecnologia, “como apoiar a vigilância em massa ou violar os direitos humanos”. Devido a essas preocupações, o Google não vende tecnologia de reconhecimento facial.

Por fim, o Google, como os reguladores do governo, deve equilibrar a promessa e a ameaça das tecnologias de inteligência artificial.

Via: FayerWayer

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital