O presidente Donald Trump se encontrou com o CEO do Google, Sundar Pichai, na quarta-feira (27) e discutiu a questão do trabalho desempenhado pela empresa com o governo chinês, alegando que ele poderia beneficiar os militares do país do oriente. A reunião entre os dois tinha como objetivo acalmar temores sobre o relacionamento do Google com a China, especialmente no que diz respeito à IA.

Depois que a Google cancelou o Projeto Maven no ano passado, surgiram acusações de que ela estaria  desenvolvendo capacidades de Inteligência Artificial (IA) em um centro de pesquisas aberto em Pequim. Entre essas capacidades, estaria o aprendizado de máquina usado para analisar imagens de drones. O detalhe é que, inicialmente, essa capacidade deveria ser desenvolvida em solo americano, mas os funcionários da Google se opuseram fortemente ao uso de seu trabalho para fins militares – e o projeto acabou, teoricamente, engavetado.

Militares preocupados

Pichai viajou para Washington, DC, para se reunir também com o general Joseph Dunford, presidente do Joint Chiefs of Staff – trata-se da maior autoridade militar norte-americana. Neste mês, Dunford compareceu a uma sessão do Comitê de Serviços Armados do Senado. Na ocasião, ele disse ao Congresso que “o trabalho que a Google está fazendo na China está indiretamente beneficiando as forças armadas chinesas”. Obviamente, a missão de Sundar Pichai era desarmar as tensões causadas pelas declarações do general.

Trump pacificador

No final tarde, o presidente Donald Trump tratou de colocar panos quentes na história. Como sempre, Trump recorreu ao Twitter para dizer: “Acabei de me encontrar com Sundar Pichai, presidente da Google, que obviamente está se saindo muito bem”, twittou o presidente Trump após a reunião. “Ele afirmou fortemente que está totalmente comprometido com as Forças Armadas dos EUA, não com as Forças Armadas chinesas. Também discutimos justiça e política e várias coisas que a Google pode fazer pelo nosso país. A reunião terminou muito bem!”.

 

Fonte: 9to5Google