Covid-19: perda de olfato é sintoma chave para diagnóstico

Informação é da University College London com 590 voluntários; estudo sugere que tosse e febre não são principais sintomas da doença
Redação02/10/2020 15h15, atualizada em 02/10/2020 16h20

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Quando a pandemia de coronavírus estava começando, diversos sintomas foram aparecendo aos poucos. Os primeiros foram a febre e a tosse. Estes, porém, podem não ser os principais indicativos da doença. Segundo um estudo da University College London, a perda do olfato ou do paladar podem ser um indício melhor da Covid-19.

A pesquisa foi publicada na revista Plos Medicine e contou com 590 voluntários que relataram a falta de um dos sentidos. Desses, 567 foram testados para anticorpos, com 442 tiveram um resultado positivo. Além disso, aqueles que com perda de olfato tinham quase três vezes mais probabilidade de ter as células de defesa do que os que perderam o paladar.

Para Rachel Batterham, líder da pesquisa, isso sugere que esse é um sintoma muito específico do coronavírus e que, por conta disso, precisa se levado mais em conta para isolar pessoas e em estratégias no tratamento. Apesar de algumas limitações, como a ausência de um grupo controle, os pesquisadores acreditam que o estudo possa ter implicações significativas.

“Este estudo sugere que a dependência excessiva da tosse e da febre como principais sintomas pode ser defeituosa e que há uma necessidade urgente de reconhecer a perda do olfato como um sintoma chave da doença“, destacou a publicação. Batterham afirmou ainda que o reconhecimento precoce dos sintomas da Covid-19, junto com o isolamento rápido e os testes são vitais para evitar a disseminação da doença.

ReproduçãoPesquisa mostra que falta de olfato pode ser principal sintoma da Covid-19. Foto: Andrii Vodolazhskyi/ Shutterstock

“Nossas descobertas sugerem que as pessoas que percebem uma perda na capacidade de perceber odores domésticos como alho, café e perfumes devem se auto isolar e passar por testes PCR”, finalizou a pesquisadora.

Amazon revela que 19 mil voluntários se infectaram

Desde o início da pandemia de Covid-19, a Amazon tem sido profundamente criticada por funcionários por não oferecer proteção adequada contra a doença para que continuassem trabalhando em seus depósitos. Agora, a empresa anunciou os resultados de seis meses de testes entre seus trabalhadores para defender seu protocolo, anunciando que 19.816 deles foram infectados pelo coronavírus.

A empresa tenta apresentar essa estatística como positiva, indicando que a incidência de Covid-19 entre seus mais de 1,3 milhão de funcionários é mais baixa do que na população em geral. Proporcionalmente, a Amazon acredita que se a incidência do vírus entre seus funcionários fosse a mesma vista nos Estados Unidos, eles teriam 33.952 casos.

Via: Uol

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital