Anvisa aprova novo teste rápido de Covid-19 da farmacêutica Roche

Fabricante diz que exames apresentam mais de 99% de sensibilidade se aplicados após 14 dias do surgimento de sintomas
Redação25/09/2020 20h50, atualizada em 25/09/2020 21h16

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (22) um novo teste rápido para Covid-19, desenvolvido pela farmacêutica Roche. O exame sorológico mede a presença de anticorpos contra o coronavírus em amostras de sangue de pacientes e pode indicar se a pessoa já esteve em contato com o agente infeccioso.

Segundo a fabricante, se aplicado 14 dias após o início dos sintomas, o teste conta com 99,03% de sensibilidade e 98,65% de especificidade. A primeira taxa descreve a capacidade do exame de identificar os pacientes realmente infectados, dentre as pessoas com suspeita da doença. Já a segunda corresponde à capacidade do procedimento apontar corretamente resultados negativos em indivíduos saudáveis. O produto deve chegar ao Brasil em novembro.

Assim como outros exames sorológicos, o teste rápido da Roche envolve a coleta de sangue do dedo do paciente e pode gerar resultados em períodos de 10 a 15 minutos. O grau de especificidade permite uma maior precisão para identificar os anticorpos do novo coronavírus e evitar a interferência de anticorpos relacionados com outras doenças.

Reprodução

“Na situação pandêmica atual, testes que detectam as respostas dos anticorpos contra o SARS-CoV-2 serão essenciais para dar suporte ao desenvolvimento de vacinas e, também, para entender a taxa e a disseminação da infecção entre as populações e, caso as evidências científicas comprovem, determinar se uma pessoa adquiriu imunidade ou não ao novo coronavírus”, disse a Roche, em comunicado.

Testes rápidos

Os testes rápidos são ferramentas importantes para controlar a disseminação da pandemia, uma vez que podem ajudar no rastreamento de contaminações e a identificação de pacientes assintomáticos. Os exames, no entanto, não são apropriados para diagnóstico nas fases iniciais da Covid-19.

Isso acontece porque os exames analisam duas imunoglobulinas: o anticorpo IgM pode ser produzida pelo sistema imunológico após alguns dias do aparecimento dos primeiros sintomas, enquanto o IgG tem uma resposta mais tardia. Se uma análise aponta a ausência de IgM e IgG, por exemplo, há a possibilidade de o paciente não ter sido exposto ao coronavírus, mas há também chances do indivíduo estar infectado e ainda não ter desenvolvido uma resposta imunológica.

O exame mais recomendado para obter diagnóstico precoce é o RT-PCR, que envolve a análise molecular de amostras das vias respiratórias de pacientes. Os materiais são coletadas por um swab, uma espécie de cotonete mais longo, introduzido na boca ou narina do paciente.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital