Na quinta-feira (2), Elon Musk anunciou uma parceria entre a Tesla e a empresa de biotecnologia CureVac para construir “micro fábricas de RNA”. Agora, um pedido de patente de junho de 2019 para um “biorreator para transcrição de RNA in vitro” mostra que a parceria entre as empresas se deu há certo tempo.
“A presente invenção refere-se a um reator de transcrição de RNA in vitro projetado para ser operado de maneira automatizada sob condições compatíveis com GMP”, diz o documento. Ainda segundo o pedido, “uma vantagem de um biorreator aprimorado pode ser o fato de permitir o uso repetitivo de modelos de DNA em vários processos de produção de RNA, o que reduz os custos, pois menos material inicial deve ser usado e o tratamento com DNase pode ser omitido ou substancialmente minimizado”.
Imagem do biorreator para RNA do pedido de patente. Foto: Reprodução
As empresas ainda afirmam que a invenção pode ter grande impacto na saúde pública, já que aceleraria a fabricação de RNA e, consequentemente, possíveis medicamentos que fazem uso da substância. A própria CureVac trabalha em uma vacina contra o novo coronavírus baseada em sua tecnologia de RNA, mesmo que, pela época em que foi registrada, a patente não esteja diretamente ligada à pandemia.
Para a Tesla, a entrada neste mercado pode gerar uma nova fonte de receita. Ao anunciar que sua montadora iria “construir micro fábricas“, Musk pode sinalizar que sua empresa ficará responsável pela construção do maquinário em si, sem uma ligação direta com a produção ou a biotecnologia. E experiência nesse setor não tem como negar que a Tesla tem, mas ao invés de produzir carros, agora produziria máquinas.
Via: Electrek