Esta semana, a mídia americana noticiou que estudantes universitários de Tuscaloosa, no Alabama, estavam dando festas com convidados infectados pela Covid-19 e apostando para ver quem se contaminava primeiro. No entanto, a história não passa de um rumor.

Na quarta-feira (1º), um membro do Conselho da cidade chegou a afirmar à ABC News que estavam rolando as chamadas “Festas Covid”. Já a vereadora de Tuscaloosa, Sonya McKinstry, também confirmou as festas, mas com um pé atrás. “Eles colocam dinheiro em um pote e quem pegar a doença primeiro ganha o pote. Isso não faz sentido”, disse. 

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A veracidade da história ganhava força, ainda mais com a declaração do chefe dos bombeiros de Tuscaloosa, Randy Smith. “Achamos que isso era um boato a princípio”, declarou aos membros do Conselho da cidade. “Fizemos algumas pesquisas. Não apenas os consultórios médicos confirmam, mas o estado confirmou que eles também tinham a mesma informação”.

No entanto, o chefe dos bombeiros não disse o que estava sendo feito para conter o comportamento ou de quais escolas eram os alunos envolvidos.

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Reprodução

Chefe dos bombeiros de Tuscaloosa dá declaração ao Conselho da cidade. Foto: Governo de Tuscaloosa/Facebook

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Entenda o desenrolar do caso

Esta não é a primeira vez que se espalham Fake News sobre a disseminação de “Festas Covid” que, de fato, não estão acontecendo. Em março, o governador do Kentucky, Andy Beshear, anunciou durante uma atualização diária de saúde pública que um caso no estado havia sido vinculado a uma dessas festas. Sua declaração foi respeitosamente transmitida como notícia pela CNN, NPR, The Washington Post e outros meios de comunicação.

Então, em abril, o New York Times publicou um artigo da epidemiologista Greta Bauer, abordando “sete razões pelas quais sua ‘Festa Covid’ é uma má idéia”.Na época, ela se baseou em rumores de que esses eventos estavam acontecendo.

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Esses rumores ganharam força no início de maio, quando um oficial de saúde pública em Walla Walla, Washington, alegou ter descoberto, por meio de contatos, que pelo menos dois pacientes haviam participado deste tipo de festa. Dois dias depois, a mesma autoridade de saúde pública admitiu que estava enganada.

Apesar de não existirem festas para apostar quem se infecta primeiro com o coronavírus, muita gente tem se reunido, muitas vezes sem proteção, principalmente no Brasil. Lembre-se, todo cuidado é pouco!

Via: Wired/ABC News