Para evitar uma segunda onda de casos de infecção pela Covid-19, Seul, capital da Coreia do Sul, adotou na última sexta-feira (28) medidas mais duras de distanciamento social. Como resultado, o movimento nesta segunda-feira (31) pela cidade foi bem menor do que o normal, principalmente por conta do cancelamento das aulas presenciais de cursinhos preparatórios. Seul tem passado pela identificação de novos casos da doença, o que levou as autoridades a optarem pela retomada de algumas restrições.

No país, observou-se que as orientações anteriores de distanciamento não foram suficientes. O último domingo registrou 238 novas infecções, o que indicou o 18º dia de alta nos casos diários na casa dos três dígitos. De acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KCDC), as notificações têm sido registradas principalmente em igrejas, escritórios, casas de repouso e clínicas médicas.

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Em entrevista coletiva, o diretor do KCDC, Jeong Eun-kyeong, destacou que as ações desta semana em relação ao distanciamento social serão de extrema importância para que a doença seja cortada pela raiz na Coreia do Sul.

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Por causa das novas restrições recomendadas pelo governo, o movimento nas ruas de Seul hoje foi menor. Créditos: Fotografkr / Shutterstock

Cursinhos preparatórios

Além dos restaurantes e cafeterias, a nova medida tomada pelo governo local também abrange cursinhos preparatórios, principalmente pelo número de jovens que frequentam estes locais. Apenas na capital do país, acredita-se que existam 25 mil cursos do tipo. Em números mais exatos, de quatro crianças que estudam do primeiro ao 12º grau, três frequentam estes cursos na Coréia do Sul. É a primeira vez que centros particulares de ensino fecham desde o começo da pandemia em Seul.

O fechamento da maioria das escolas públicas da capital, igrejas e clubes noturnos também contribuiu para o baixo tráfego nesta segunda-feira. O funcionamento nestes locais já havia sido paralisado anteriormente. Empresas como Samsung Electronics, LG e SK Hynix voltaram a incentivar o home office, diminuindo a circulação de pessoas e carros em Seul.

Oh Yun-mi, que trabalha há 36 anos em uma empresa de manufatura, afirma nunca ter desempenhado suas funções em casa, o que nesta semana foi liberado pela empregadora. “A empresa o permitiu pela primeira vez porque o número de casos continuava a aumentar”, finaliza Yun-mi.

Atualmente, a Coréia do Sul contabiliza 19.947 casos de Covid-19 e 324 óbitos pela doença.

Fonte: Reuters