Quando o número de casos de Covid-19 em um país começa a declinar, não significa que a pandemia esteja perto de acabar no local. A Coreia do Sul, por exemplo, pode estar passando por uma segunda onda do novo coronavírus, embora apresente números relativamente baixos da doença.
As autoridades de saúde do país disseram na segunda-feira (22) que, nas últimas 24 horas, foram registradas 17 novas infecções de diferentes grupos em grandes escritórios e armazéns.
Segundo Jung Eun-kyeong, chefe do Centro de Controle de Doenças da Coreia (KCDC, em inglês), a primeira onda durou até abril. No entanto, desde maio, cresceram grupos de novos casos, incluindo surtos em boates da capital, Seul. Um feriado prolongado naquele mês indica o início da nova onda de infecções.
Na lacuna entre esses períodos, os casos diários da doença confirmados haviam caído de quase mil para zero durante três dias seguidos. Agora, a expectativa é que a pandemia continue por meses.
Capital Seul pode retomar um distanciamento social mais rígido. Foto: cmmellow/Pixabay
Novas restrições
Com o surgimento de novos casos, a cidade de Daejeon, ao sul da capital, anunciou que proibiria reuniões em espaços públicos, como museus e bibliotecas, depois que vários pequenos grupos de vírus foram descobertos.
O prefeito de Seul também alertou que a capital pode retomar um distanciamento social mais rígido, caso as infecções superem 30 em média nos próximos três dias e a taxa de ocupação dos hospitais da cidade exceda 70%.
Em vez de adotar o lockdown, a Coreia do Sul recorreu a medidas voluntárias de distanciamento social, ao lado de uma estratégia agressiva de rastreamento, acompanhamento e testes para combater o vírus.
Um total de 280 pessoas morreram desde que o país registrou seu primeiro caso de Covid-19 em 20 de janeiro. Mais de 12 mil infecções foram registradas e acredita-se que atualmente existam 1.277 casos ativos no país.
Via: BBC