Órgão europeu diz que Boieng 737 Max é seguro para voar

Empresa ainda precisa implementar sistema extra de segurança que só deve ficar pronto em 2022, no entanto
Redação16/10/2020 17h49, atualizada em 16/10/2020 18h09

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Quase dois anos após ser proibido de voar, o Boeing 737 Max pode estar mais próximo de voltar aos céus. Isso porque, segundo a Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (Easa), o modelo está seguro o suficiente para ser usado novamente. O avião pode voltar a ser utilizado na Europa ainda em 2020. Apesar disso, o órgão regulador pediu que a Boeing faça uma atualização de segurança, o que não deve ser implementado antes de 2022.

O avião passou por voos de teste durante o mês de setembro e a agência está realizando a revisão dos documentos. Patrick Ky, diretor-executivo da Easa, afirmou que um projeto de diretriz de aeronavegabilidade deve ser lançado no próximo mês. Durante quatro semanas, ele vai ficar aberto para comentários públicos.

ReproduçãoAviões do modelo 737 Max, da Boeing, podem estar quase pronto para voltar a voar. Foto: American Airlines

A intenção inicial da Boeing era voltar a utilizar o 737 Max em meados de 2020. A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos também está revisando os dados do modelo, mas ainda não deu uma estimativa de quando ele poderá ser usado no país novamente.

Falhas anteriores

O Boeing 737 Max teve voos suspensos em março do ano passado, depois que dois acidentes com a aeronave resultaram na morte de 346 pessoas. Desde então, a empresa tem revisado todo o projeto do avião e seus componentes. Diversos pontos problemáticos já foram descobertos e corrigidos.

Agora, a Boeing está trabalhando em um sensor sintético baseado em software que deve demorar entre 20 e 24 meses para ficar pronto, segundo Ky. Com o equipamento, os pilotos terão menos problemas se um ou ambos os sensores de ângulo de ataque da aeronave falhar. Os reguladores determinaram que o sensor é requisito para a versão Max 10 ser utilizado. Esse modelo deve ficar pronto em 2022.

Além disso, o sistema será implementado em outras variantes por meio de uma atualização de software. Mesmo que o sensor não esteja disponível no 737 Max nos próximos dois anos, a Easa está convencida de que o avião já é seguro novamente para voar.

Via: Engadget

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital