Mastercard e Visa enviam ao BC proposta para retorno do WhatsApp Pay

No entanto, ainda não há um prazo específico para que seja feita a aprovação
Luiz Nogueira09/07/2020 12h33, atualizada em 09/07/2020 12h45

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Na terça-feira (7), como medida para tentar fazer com que o WhatsApp Pay volte a operar no Brasil, a Mastercard e a Visa protocolaram uma proposta de retorno junto ao Banco Central (BC). No entanto, ainda não há um prazo específico para que o documento seja aprovado e o sistema liberado para funcionar.

O registro atende a um pedido direto do banco brasileiro que suspendeu o funcionamento da plataforma para evitar que apresente “risco ao normal funcionamento das transações” financeiras. Por conta disso, o serviço deveria passar por uma “regulação prévia”.

Proibição no Brasil

Em 15 de junho, o WhatsApp Pay, sistema de pagamentos lançado pelo Facebook, foi anunciado no Brasil. O país seria o primeiro a receber a funcionalidade oficialmente – embora estivesse em testes na Índia.

No entanto, no dia 23 do mesmo mês, o Banco Central, juntamente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), impediram o funcionamento do recurso, pois entenderam que o sistema poderia representar riscos ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Por conta disso, deveria passar por uma análise antes de ser liberado.

Reprodução

Aprovação da proposta ainda não tem prazo específico para acontecer. Foto: Reprodução 

Algum tempo depois, após o Cade analisar as informações prestadas pelo Facebook e Cielo – que trabalham juntas na implementação do projeto, assim como Mastercard, Visa, Nubank, Banco do Brasil e Sicredi -, o órgão decidiu revogar a decisão de proibição.

Porém, como era de se esperar, o sistema ainda deve receber autorização do Banco Central para reiniciar as operações por aqui. E é justamente isso que a Mastercard e a Visa buscam.

Como funciona o sistema?

Basicamente, o WhatsApp Pay permite enviar e receber dinheiro de pessoas por meio do mensageiro.
Para garantir a segurança das transações e evitar fraudes, antes de cada transferência será necessário informar um código PIN de seis dígitos previamente cadastrado ou a biometria do celular – funciona como outras transações financeiras feitas pelo celular.

No caso de transferência entre pessoas físicas, não haverá o pagamento de qualquer taxa pela transação – no entanto, só será possível utilizar cartões de débito. Além disso, usuários possuem um limite de envio de R$ 1 mil por transação e recebimento de até 20 pagamentos por dia no limite de R$ 5 mil por mês.

No caso de empresas, é possível utilizar cartões de crédito e débito. Porém, o estabelecimento deverá pagar uma taxa por cada uma das transações. Todos os pagamentos serão processados pela Cielo.
Por conta dos parceiros iniciais, os usuários poderão utilizar apenas cartões de crédito e débito emitidos pelo Banco do Brasil, Nubank e Sicredi. No entanto, a empresa informa que vai facilitar a entrada de novos parceiros no futuro.

De acordo com o mensageiro, o objetivo é o de simplificar o ato de comprar. Ao oferecer a opção de pagar diretamente pelo aplicativo, o usuário pode, ao mesmo tempo em que olha o catálogo de um estabelecimento, finalizar o pagamento e combinar os detalhes da entrega sem precisar sair do aplicativo

PIX

A suspensão surge em um momento em que o Brasil está prestes a receber um novo sistema de pagamentos, criado pelo Banco Central, batizado de PIX, que promete transações instantâneas. O novo serviço está previsto para ser lançado em novembro deste ano.

O WhatsApp informou que tem planos para integrar o serviço ao seu sistema de pagamentos assim que ele for disponibilizado.

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital