Os entregadores de aplicativo estão se mobilizando para fazer uma nova greve em 12 de julho. A primeira mobilização aconteceu na quarta-feira (1º) e reuniu milhares de trabalhadores a favor de melhores condições de trabalho.
Dentre os pedidos dos entregadores está uma tabela de frete unificada para todos os apps; ajuda constante durante a pandemia de coronavírus; maior taxa por quilômetro rodado; fim de bloqueios por plataformas; fim do esquema de pontuação, que rebaixa a nota daqueles que recusam entregas; e diminuição da longa espera nos restaurantes.
Durante a crise causada pela Covid-19, apesar de o volume de entregas ter crescido, a remuneração dos entregadores diminuiu. Isso porque houve um aumento no número de entregadores, já que pessoas que não faziam entregas, mas acabaram perdendo o emprego, viram os aplicativos como uma alternativa. Com isso, aqueles que já trabalhavam com as entregas recebem menos pedidos, diminuindo o valor recebido em cerca de 59%, segundo pesquisa da Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista (Remir).
Mobilização contou com o apoio de trabalhadores de diversas cidades e da população civil. Foto: Folhapress
Gilberto Almeida dos Santos, diretor do SindimotoSP, sindicato que mobilizou parte do protesto de quarta, afirmou que “caso as empresas de aplicativos não manifestem interesse sobre sentar no TRT para conversar sobre as pautas dos trabalhadores, vamos parar novamente”.
O sindicato ainda pede a contratação de seguro de vida, seguro de acidentes, roubo e furto das motos e licença remunerada a infectados pelo coronavírus. Além disso, pedem a aprovação do PL 578, que exige o pagamento de adicional de periculosidade aos entregadores.
Na quarta-feira, milhares de entregadores se reuniram em diversos pontos de São Paulo, como a avenida Paulista, além do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.
Via: Folha de S.Paulo