Com o coronavírus, restaurantes e mercados foram forçados em muitas partes do Brasil e no mundo a adotar o modelo de negócios por entregas. Isso criou uma dinâmica nova em aplicativos como o iFood, que viu disparar o número de entregadores e estabelecimentos interessados em se cadastrar na plataforma.

Em entrevista à agência Reuters, Diego Barreto, vice-presidente do aplicativo, o iFood recebeu 175 mil inscrições de pessoas interessadas em realizar entregas na plataforma em março, quando começaram as medidas de contenção no Brasil. Para comparação, em fevereiro, apenas 85 mil pessoas haviam se inscrito para serem entregadores.

Da mesma forma, o número de estabelecimentos cadastrados também aumentou significativamente. O iFood agora conta com 160 mil restaurantes, o que foi um salto de 11% na comparação com fevereiro.

Para referência, o iFood hoje conta com 140 mil entregadores cadastrados e mais outros 200 mil terceirizados que trabalhando diretamente para os restaurantes. Ou seja: há mais pessoas se cadastrando do que o número de entregadores ativos neste momento.

O aplicativo, no entanto, defende que é necessário controlar o número de entregadores ativos. “Se o pilar de entregadores subir mais que o de restaurantes com pedidos haveria um desbalanceamento”, disse Barreto. Se houver muitas pessoas se propondo a entregar pedido, mas não houver pedidos o bastante para todos, os entregadores não terão trabalho.