Coronavírus sobrevive até três semanas em carne congelada, diz estudo

Pesquisadores coletaram amostras de salmão, frango e carne de porco em supermercados de Singapura; fato pode explicar novos surtos em países até então livres da doença
Redação25/08/2020 14h11, atualizada em 25/08/2020 14h40

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A pandemia do novo coronavírus já atingiu quase 24 milhões de pessoas, com mais de 813 mil casos fatais no mundo todo. Mesmo circulando há pelo menos oito meses, o Sars-Cov-2, responsável pela infecção, ainda possui muitos mistérios. Agora, em um estudo publicado no site bioRxiv, foi descoberto que o vírus pode sobreviver a até três semanas em carnes e peixes congelados.

Para chegar à conclusão, os pesquisadores coletaram pedaços de salmão, frango e porco em supermercados de Singapura e adicionaram uma amostra do coronavírus a eles. Depois, os alimentos foram armazenados a uma temperatura de -39ºC, semelhante às usadas para transporte internacional, e -20ºC, temperatura de congelamento padrão. Após 21 dias, uma análise mostrou que o Sars-Cov-2 ainda estava presente nas amostras.

ReproduçãoMercados de alimentos podem ser focos de transmissão. Foto: Reprodução

A descoberta pode explicar surtos em países onde a Covid-19 não era registrada há dias, como a Nova Zelândia, que voltou a ter transmissão local da doença após mais de 100 dias. “A importação de alimentos contaminados e embalagens de alimentos é uma fonte viável para esses surtos”, destacou o relatório da pesquisa. “Um manipulador de alimentos infectado tem o potencial de se tornar o início de um novo surto”, acrescentou.

O estudo ainda precisa passar por revisão de pares, mas já é um bom indicativo de que é preciso mais prevenção do que o imaginado anteriormente.

Reinfecção

Apenas um dia após cientistas de Hong Kong confirmarem o primeiro caso de reinfecção pelo coronavírus no mundo, dois pacientes, um na Holanda e um na Bélgica, também foram contaminados mais uma vez pelo Sars-Cov-2, segundo a imprensa holandesa.

O primeiro paciente, um idoso holandês, já possuía um sistema imunológico enfraquecido, segundo a virologista Marion Koopmans, enquanto uma mulher belga teria se contaminado em março e depois em junho, apresentando apenas sintomas leves na segunda vez. Nenhum dos governos se pronunciou oficialmente sobre os casos.

Via: New York Post

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital