KFC vai produzir primeiro nugget de frango do mundo em laboratório

Rede de fast-food se juntou à russa 3D Bioprinting Solutions; empresa desenvolveu uma técnica de impressão aditiva usando células de galinha e material vegetal
Fabiana Rolfini20/07/2020 13h41, atualizada em 20/07/2020 13h49

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A rede de fast-food KFC é a mais nova adepta às carnes cultivadas em laboratório. A empresa anunciou que se juntou à russa 3D Bioprinting Solutions para produzir os primeiros nuggets de frangos do mundo feitos em laboratório.

A empresa russa está desenvolvendo uma técnica de impressão aditiva usando células de galinha e material vegetal que supostamente recriaria o “sabor e textura” da galinha natural. Enquanto isso, o KFC diz que fornecerá pão, temperos e outros ingredientes da marca para combinar com o sabor “exclusivo” do restaurante. Como o processo usa material animal, qualquer carne produzida não será vegetariana.

Em defesa à técnica, o KFC afirma que os frangos produzidos em laboratório trazem algumas vantagens. São mais ecológicos, pois não exigem quase tantos recursos, são  mais “éticos”, por evitarem danos aos animais, e também mais saudáveis devido à falta de aditivos químicos.

Reprodução

Técnica de impressão aditiva deve recriar sabor e textura da galinha natural. Foto: Reprodução/KFC

Em janeiro deste ano, a rede de fast-food começou a utilizar carne à base de plantas da Beyound Meat para fazer o seu famoso frango frito. O projeto chamado “Além do Frango Frito” parece ter funcionado e a empresa planeja expandi-lo em mais locais, segundo reportou o The Verge.

O restaurante espera ter um projeto final de seu nugget para ser testado em Moscou até novembro deste ano.

Bife 3D

A técnica 3D para impressão de comida também já foi usada por uma startup israelense chamada Redefine Meat. A empresa também criou um bife à base de plantas, o Alt-Steak, o qual ainda será testado em restaurantes selecionados, antes de apostar em uma distribuição em maior escala.

De acordo com a startup, o produto tem um impacto ambiental 95% menor do que a produção de carne bovina. No processo, são utilizadas impressoras 3D de alimentos em escala industrial, que ao imprimir os materiais à base de plantas criam “bifes sustentáveis, ricos em proteínas e sem colesterol, que parecem, cozinham como e têm gosto de carne bovina”.

O público-alvo do produto são os “carnívoros conscientes” – pessoas que buscam reduzir o consumo de carne em um esforço de sustentabilidade. Os primeiros Alt-Steaks devem ser servidos a partir de 2021.

Via: Engadget

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital