Os primeiros casos de reinfecção pelo novo coronavírus foram confirmados oficialmente nesta semana. No Brasil, alguns casos suspeitos estão sendo investigados; sete pacientes são do Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo. O hospital vinculado à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), inclusive, separou um ambulatório exclusivo para o acompanhamento destes possíveis casos de reinfecção.

Segundo o HC, os sintomas apresentados pelos pacientes em dois períodos diferentes podem ser explicados por uma infecção por outros vírus, como o da gripe. No entanto, os fragmentos inativos do Sars-Cov-2, remanescentes da primeira infecção, podem ter sido responsáveis pelo segundo resultado positivo. A longa permanência do novo coronavírus no corpo, mesmo que inativo e com reativação posterior, pode ser outra explicação. De qualquer forma, a possibilidade de reinfecção não está descartada.

Em nota, o HC afirmou que “para verificar essas e outras hipóteses, os pacientes estão sendo acompanhados, com a realização eventual de exames adicionais”.

Covid.jpgApesar de apenas três casos confirmados de reinfecção, muitos estão sendo investigados. Foto: Shutterstock

Enquanto a conclusão desses casos não acontece, outros estão sendo investigados. No HC de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, oito pacientes estão sendo investigados para reinfecção.

Caso de Hong Kong

Nesta segunda-feira (24), o mundo se deparou com uma notícia que pode ter implicações importantes no combate à Covid-19. Pouco mais de 8 meses após o início da propagação do vírus entre humanos, o primeiro caso confirmado e acompanhado de reinfecção pelo Sars-Cov-2 foi anunciado.

Até hoje, alguns casos de suspeita de reinfecção já foram relatados, então o que faz deste o primeiro confirmado? Até mesmo a USP reportou recentemente uma paciente que foi diagnosticada pela segunda vez com o coronavírus. O que faz este caso de Hong Kong ser especialmente claro em sua reinfecção é o nível de acompanhamento do paciente.

Via: Agência Brasil