Telescópio Hubble registra nova tempestade se formando em Júpiter

Fenômeno viaja ao redor do planeta a 560 quilômetros por hora; 'pequena' tempestade que está mudando de cor também pode ser vista
Redação18/09/2020 13h07, atualizada em 18/09/2020 13h39

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Pesquisadores da Universidade da Califórnia descobriram uma nova tempestade se formando em Júpiter ao analisarem uma imagem captada pelo Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, em 25 de agosto.

O novo fenômeno é bastante visível na região superior esquerda do planeta, mostrada na imagem abaixo, como uma mancha branca. Segundo a agência espacial americana, ela viaja a uma velocidade de 560 quilômetros por hora, e eclodiu pouco antes do registro, em 18 do mesmo mês. Atrás da pluma principal, duas menores se formaram.

ReproduçãoNova tempestade se formou em Júpiter. Foto: Nasa/ESA/STScI

Mudanças também foram percebidas nas já conhecidas tempestades. Pouco abaixo da grande mancha avermelhada, que é grande o suficiente para engolir a Terra, com 15,7 mil quilômetros de diâmetro, está a chamada “Oval BA”. Trata-se de uma “pequena” tempestade, que está mudando sua cor. Inicialmente branca, parece estar escurecendo ligeiramente, podendo se tornar vermelha igual a mais famosa.

Ciclones gigantes

Quando a sonda Juno entrou na órbita de Júpiter, em 2016, gigantes ciclones em padrões geométricos se formaram ao redor dos polos do planeta, o que intrigou os cientistas. Agora, novas descobertas sobre o evento foram divulgadas na revista Proceedingd of the National Academy of Sciences.

Cada ciclone possui entre 4 mil e 7 mil quilômetros de largura, estando cada um deles a cerca de 8,7 mil quilômetros do respectivo polo. Além disso, são oito vórtices na região norte e outros seis no sul. Desde que a sonda chegou ao planeta, há quatro anos, os ciclones se mantém estáveis.

“Todas as teorias anteriores previam que as regiões polares de planetas gigantes deveriam ser dominadas por grandes ciclones sobre seus polos, como o que está sendo observado em Saturno, ou permaneceriam caóticas”, afirmou Cheng Li, cientista planetário da Universidade da Califórnia. “O que vemos em Júpiter indica que as teorias anteriores estão erradas e precisamos de algo novo”, acrescentou.

Via: Futurism

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital