Dois asteroides passaram raspando pela Terra no último sábado

2020 RF3 tem o tamanho de um ônibus, e 2020 RD4 é menor, com o tamanho de um carro; apesar da proximidade, eles não representaram uma ameaça para nós
Rafael Rigues16/09/2020 14h55

20191125102824

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Dois asteroides passaram “raspando” (em termos astronômicos) pela Terra no último sábado. Mas apesar da proximidade as rochas, consideradas de pequeno porte pelos astrônomos, não representaram ameaça à nossa civilização.

O primeiro foi o 2020 RF3, “do tamanho de um ônibus”, que passou por nós às 03h49 (horário de Brasília) a uma distância de 94 mil km. Poucas horas depois, às 17h33 (horário de Brasília) foi a vez do 2020 RD4, que tem “o tamanho de um carro” e passou a 106 mil km de nosso planeta. Esta passagem foi transmitida via internet pelo projeto Virtual Telescope.

Sem perigo

Apesar da proximidade, cerca de ¼ da distância entre a Terra e a Lua (que é de 385 mil km em média), nenhum dos asteroides tinha risco de impacto com nosso planeta. Mesmo que houvesse risco, eventuais danos seriam pequenos: devido ao tamanho, a maior parte das rochas se desintegraria durante a entrada em nossa atmosfera.

Objetos a menos de 1,3 Unidades Astronômicas (AU) do Sol são classificados como NEOs, ou “Near Earth Objects” (Objetos próximos da Terra), sendo 1 AU a distância entre a Terra e o Sol. Objetos com tamanho estimado em mais de 140 metros cuja órbita cruza a da Terra são chamados de PHOs (Potentially Hazardous Objects, ou “Objetos Potencialmente Perigosos”), não importa a probabilidade de impacto com nosso planeta, e colocados sob vigilância constante. Não era o caso do 2020 RF3 e 2020 RD4.

Em maio um outro asteroide, chamado 2020 HS7, passou ainda mais perto, a 36 mil km, mesma distância entre a Terra e alguns satélites em órbita geoestacionária. Com um agravante: ele foi descoberto apenas um dia antes de sua aproximação, com uma trajetória que sugeria 10% de probabilidade de impacto.

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital