Desde que a Nasa decidiu fazer contratos com empresas privadas americanas para a realização de suas missões, a SpaceX, de Elon Musk, e a Boeing se mostraram na frente da concorrência. Com a empresa de Musk tendo realizado recentemente seu primeiro voo tripulado até a Estação Espacial Internacional (ISS), a rival precisa correr atrás do prejuízo.
Na última terça-feira (25), porém, a Boeing afirmou que pretende refazer o teste de voo da capsula da tripulação da Starliner em dezembro ou janeiro. Se tudo acontecer conforme planejado, a primeira missão tripulada da espaçonave deve acontecer durante o verão do hemisfério norte, que em 2021 vai de 21 de junho a 22 de setembro. Posteriormente, uma missão de pós certificação deve ser enviada no inverno seguinte.
O primeiro teste realizado em dezembro de 2019 fracassou devido a uma série de falhas de software, além de um problema no cronômetro automatizado da espaçonave. Em fevereiro, uma revisão da Nasa descobriu que a Boeing deixou passar uma “falha catastrófica” e recomendou examinar todo o processo de verificação de software antes de uma nova tentativa.
Boeing enfrentou problemas em primeiro teste de capsula da Starliner. Foto: Michael Vi/Shutterstock
Atraso tecnológico em aviões
Apesar de estar se dedicando a voos espaciais, o principal negócio da Boeing atualmente são os aviões. Recentemente, porém, uma descoberta indica que os equipamentos da empresa estão ultrapassados por conta do uso de disquetes. Surpreendentemente, eles são utilizados até hoje nos modelos 737 e 747 da Boeing, que recebem atualizações importantes por meio de antigos discos de 3,5 polegadas, com capacidade de 1,44 MB.
O fato foi observado por pesquisadores de segurança da Pen Test Partners, companhia especializada em sistemas de tecnologia da informação. Como a Boeing decidiu retirar sua frota de circulação devido à pandemia do novo coronavírus, os pesquisadores tiveram acesso à cabine de comando dos aviões. Lá, eles encontraram oito disquetes responsáveis por guardar dados importantes de navegação, como alterações de rotas e aeroportos, por exemplo.
Via: Reuters