Segundo jornais nos EUA, a Boeing e a FAA, agência norte-americana de aviação, irão iniciar nesta segunda-feira (29) um período de três dias de testes de segurança do Boeing 737 Max, durante os quais a aeronave será submetida a uma série de cenários “meticulosamernte calculados” para levar o software de controle de vôo MCAS ao limite.

Se os testes forem completados sem problemas o administrador da FAA, Steve Dickson, irá participar de um vôo algumas semanas depois para verificar pessoalmente a segurança da aeronave. Entretanto, mesmo se ela for aprovada em todos os testes, a autorização para que possa retornar à operação pode não ser emitida até setembro.

O Boeing 737 Max teve sua autorização de vôo revogada em 13 de março de 2019 após dois acidentes fatais em condições semelhantes, um com uma aeronave da Lion Air, na Indonésia, em 29 de Outubro de 2018 e outro com uma aeronave da Ethiopian Airlines, na Etiópia, em março de 2019.

Em ambos os casos uma investigação apontou o sistema MCAS como um fator importante nos acidentes. Ele foi criado para compensar automaticamente uma tendência que a aeronave tem de “levantar o nariz”, causada por seus motores maiores e mais poderosos, dando a ela características de manobra similares às de seu antecessor, o Boeing 737NG.

Em ambos os acidentes, foi determinado que uma interpretação incorreta dos dados de sensores de ângulo de ataque na cauda do avião fez o MCAS baixar o nariz das aeronaves durante a decolagem, impedindo que elas ganhassem altitude. Além da falha técnica, os pilotos não foram corretamente informados sobre o funcionamento do sistema, o que agravou o problema.

Como resultado dos acidentes, e da investigação subsequente, a produção do Boeing 737 Max foi suspensa em janeiro deste ano e o CEO da Boeing, Denis Muilenburg, foi demitido.

Fonte: Engadget