A crise causada pelos acidentes envolvendo seu avião 737 Max, e a subsequente paralização das operações do modelo em todo o mundo, levou a Boeing a demitir seu presidente. Dennis Muilenburg deixa a partir de hoje o comando da empresa que chefiava desde 2015, mas na qual trabalhava desde 1985, quando começou como estagiário.
O chefe do conselho de administração da Boeing, David Calhoun, assumirá o cargo em 13 de janeiro de 2020. Até lá, a empresa está sendo administrada pelo diretor financeiro, Greg Smith.
O 737 Max era visto como o maior sucesso na história da Boeing, com 5.000 unidades encomendadas por clientes de todo o mundo. Porém, as quedas do vôo 610 da Lion Air, em outubro de 2018, e vôo 302 da Ethiopian Airlines, em março, em circunstâncias muito similares, colocaram a confiabilidade da aeronave sob suspeita e levaram à suspensão das operações do modelo em todo o mundo.
Investigações posteriores ligaram os acidentes a falhas no MCAS, um novo sistema de controle das superfícies de vôo que havia sido desenvolvido para o 737 Max, combinado a treinamento insuficiente dos pilotos na transição para a aeronave. Com isso, os jatos permanecem sem autorização para voar, até que uma correção seja implementada e uma nova certificação junto à FAA, autoridade aeronáutica dos EUA, seja obtida.
Recentemente a Boeing anunciou que irá suspender a fabricação da aeronave a partir de janeiro, e priorizar a entrega dos pedidos já efetuados. Segundo a empresa, há 400 unidades em estoque, prontas para serem entregues.
Fonte: Folha de São Paulo