Os 4 mundos mais promissores para abrigar vida alienígena

Marte, Europa, Encélado e Titã possuem ingredientes fundamentais para a vida como conhecemos
Redação22/09/2020 15h11, atualizada em 22/09/2020 16h10

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Encontrar vida alienígena empolga muitas pessoas. Porém, nenhuma evidência concreta disso foi descoberta até hoje. Para se encontrar vida como conhecemos é preciso alguns ingredientes básicos: água líquida, fonte de energia e alguns elementos e moléculas biologicamente úteis, como o oxigênio. Alguns mundos no nosso sistema solar, no entanto, possuem pelo menos alguns desses itens e, por conta disso, seriam locais mais promissores para vida extraterrestre.

Veja abaixo quais são esses.

Marte

ReproduçãoPanorama de Marte feito pela Pathfinder em 1997. Foto: Nasa

O local mais próximo que pode abrigar vida é Marte. O planeta vermelho é um dos corpos mais semelhantes à Terra no Sistema Solar. Os dias possuem 24,5 horas, as calotas polares se expandem e contraem conforme as estações e um histórico de locais esculpidos pela água. Além disso, a detecção de um lago subterrâneo no polo sul e metano na atmosfera torna o planeta um ótimo candidato.

A presença do metano pode ser bastante significativo, já que a substância pode ser produzida por processos biológicos. Apesar disso, a fonte marciana ainda não é conhecida.

Porém, hoje, a atmosfera do planeta é muito fina e seca, composta quase que inteiramente por dióxido de carbono. Isso faz com que tenha pouca proteção contra a radiação solar e cósmica.

Europa

ReproduçãoEuropa é uma das luas de Jupiter. Foto: ESA

A lua de Júpiter foi descoberta em 1610 por Galileo Galilei. Ela é um pouco menor que a da Terra, orbitando seu planeta a uma distância de 670 mil quilômetros e levando 3,5 dias para completar uma volta. Por conta dos campos gravitacionais de Júpiter e das demais luas, é constantemente comprimida e esticada, processo conhecido como flexão das marés.

Graças a essa alteração, seu interior rochoso e metálico é aquecido, tornando-a um corpo geologicamente ativo, como a Terra. A superfície da Europa é uma vasta extensão de gelo de água e muitos cientistas acreditam que isso esconde uma camada de água líquida que pode ter mais de 100 quilômetros de profundidade.

As evidências de sua existência incluem gêiseres, um campo magnético fraco e um terreno caótico na superfície, que pode ter sido deformado por correntes oceânicas. Além disso, é protegido do frio extremo, do vácuo do espaço e da radiação de Júpiter pela camada de gelo. Em seu fundo, é possível que existam fontes hidrotermais e vulcões. Na Terra, ecossistemas ricos e diversos acompanham essas formações.

Encélado

ReproduçãoLua de Saturno possui superfície coberta de gelo. Foto: Nasa/JPL/ESA/SSI

Encélado é uma lua coberta de gelo com um oceano subterrâneo que orbita Saturno. A possibilidade de vida no corpo celeste foi levantada após a descoberta de enormes gêiseres perto do seu polo sul. Eles escapam por grandes rachaduras e, por conta do campo gravitacional fraco, se espalham pelo espaço.

Além de água, foi detectada uma série de moléculas orgânicas e pequenos grãos de partículas rochosas de silicato. Esse material só pode existir se a água do oceano estiver em contato com um fundo rochoso com temperatura de pelo menos 90 °C. Essa é uma evidência muito forte da existência de fontes hidrotermais no fundo do oceano. Com isso, além de vida, é possível que haja fontes de energias no local.

Titã

ReproduçãoTitã pode abrigar vida com química diferente da conhecida. Foto: Nasa

Titã é a maior lua de Saturno e a única no Sistema Solar todo com uma atmosfera substancial. Ela possui uma espessa névoa alaranjada feita de moléculas complexas e um sistema climático de metano no lugar da água. Isso inclui chuvas sazonais, período de seca e até dunas criadas pelo vento.

Sua atmosfera consiste principalmente por nitrogênio, elemento químico importante na construção de proteínas em toda forma de vida conhecida. Observações também detectaram rios e lagos de metano e etano líquidos e a possível presença de criovulcões. Eles são vulcões semelhantes ao da Terra, mas, ao invés de lava, expelem água líquida. Isso sugere a existência de uma reserva subterrânea da substância.

Porém, sua distância tão grande para o Sol faz com que sua temperatura na superfície seja de aproximadamente -180 °C. Isso seria gelado demais para a água líquida, mas os abundantes produtos químicos disponíveis levantam outra especulação. É possível que haja formas de vidas que tenham uma química fundamentalmente diferente dos organismos terrestres.

Via: Science Alert

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital