Investimento em tecnologia no Brasil deve crescer apenas 0,4% em 2020

Estudo da Associação Brasileira das Empresas de Software mostra estagnação no mercado nacional devido à interrupção na cadeia de suprimentos por conta da pandemia
Da Redação17/09/2020 17h34, atualizada em 17/09/2020 19h22

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Um estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), mostrou que os investimentos em hardware, software e outros serviços de tecnologia não devem crescer muito este ano. O avanço deve ser de apenas 0,4% em relação a 2019, quando o setor cresceu 10,5%, se compararmos ao ano anterior.

Mesmo com este aumento em 2019, o Brasil caiu da 9ª para 10ª posição na lista de países que mais investem em tecnologia. Este ano, se manteve no mesmo patamar. O ranking é liderado pelos Estados Unidos, com um investimento de US$ 871 bilhões, seguidos pela China, com US$263 bilhões.

Segundo o presidente da associação, Rodolfo Fücher, embora os investimentos tenham crescido no ano passado “outros países cresceram mais rápido” por causa do cenário econômico e da valorização do dólar.

Para a Abes, a estagnação nos investimentos em tecnologia foi causada principalmente pela  interrupção na cadeia de suprimentos, que normalmente são componentes vindos da Ásia, além da paralisação de linhas aéreas, consequências da pandemia.

O novo dado pode afetar diretamente o retorno financeiro do investimento do país em tecnologia, tendo em vista que, no Brasil, 52,5% do faturamento do setor está concentrado justamente em hardware.

ReproduçãoBrasil é o 10º país que mais investe em tecnologia no mundo. Créditos: Sefa Ozel/iStock

Investimentos na pandemia

A corrida das empresas para implantar projetos inovadores de transformação digital durante a pandemia não foi suficiente para acelerar os investimentos em tecnologia no Brasil.

Companhias ligadas a manufatura, varejo, turismo, restaurantes, cinemas, teatros e eventos, precisaram reorganizar seus gastos, o que impactou diretamente o investimento em inovação.

Segundo o IDC, esta mudança na estrutura de gastos das empresas terá um impacto maior em equipamentos. A consultoria prevê uma queda de 24,7% nas vendas de servidores e de 11,6% nas de equipamento de armazenamento de dados neste ano.

Fonte: Valor Econômico



Colaboração para o Olhar Digital

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