A Uber inaugurou nesta sexta-feira (11) um teste piloto para um serviço de barcos na cidade comercial da Nigéria, Lagos. A ideia é atrair passageiros que buscam evitar os trânsitos intensos da megacidade. O serviço aquático UberBOAT opera em parceria com a operadora local de barcos, a Texas Connection Ferries e com a polícia da região, a Lagos State Waterways Authority (LASWA).
De acordo com a ONU, a população da Nigéria dobrará para 400 milhões em 2050, tornando-a o terceiro país mais populoso do mundo, apenas atrás da China e Índia. Esse crescimento populacional e o congestionamento fizeram a Nigéria e outros países da África Ocidental, atraentes para companhias estrangeirasde transporte.
O diretor de negócios da Uber disse à Reuters em junho que a empresa planejava lançar o serviço para transportar viajantes na cidade de Lagos, que hoje conta com 20 milhões de pessoas.
“Esta iniciativa busca proporcionar aos passageiros uma maneira fácil e acessível de entrar e sair dos distritos comerciais da cidade”, disse a Uber. Pelas próximas duas semanas, ele será operado na fase piloto durante os finais de semana e em uma rota fixa que liga duas partes da cidade. Serão quatro viagens por dia com 35 pessoas no barco.
Os passageiros serão cobrados com uma tarifa fixa de 500 naira (R$ 5,66) por viagem, comparado com as 300 naira de micro-ônibus para uma viagem semelhante do centro comercial do país. Na Nigéria e em grande parte dos países da África Ocidental, a maioria das pessoas vive com menos de US$ 2 por dia (R$ 8,20).
Babajide Sanwo-Olu, governador de Lagos, reforçou que o serviço de barcos da Uber, e o uso de rotas na água são parte de uma série de iniciativas destinadas a diminuir o congestionamento.
A iniciativa de barcos da Uber vem acompanhada com uma série de firmas de carona em motos, que nos últimos meses estão expandindo seu mercado na África Ocidental. Além disso, em julho a Google lançou um novo recurso que permite nigerianos ouvirem conselhos de viagens no Google Maps, na voz local. Outro recurso ainda permite usuários em Lagos encontrarem caminhos alternativos em serviços de “transportes informais” como mini ônibus privados.
Via: Reuters