Pneus poluem mais os oceanos do que a sujeira levada pelos rios

Segundo pesquisa realizada por instituto norueguês, 550 mil toneladas de microplásticos de pneus com menos de 0,01 mm são emitidas todos os anos e metade delas chegam aos oceanos
Redação15/07/2020 15h56, atualizada em 15/07/2020 17h00

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Segundo uma pesquisa recente do Instituto Norueguês de Pesquisa Aérea, os microplásticos dos pneus possuem grande influência na poluição dos oceanos, maior até do que a sujeira levada pelos rios. O estudo mostrou que mais de 200 mil toneladas de partículas minúsculas do material são enviadas das estradas até os oceanos pelo vento.

“Um pneu médio perde quatro quilos durante sua vida útil. É uma quantidade tão grande de plástico em comparação com, digamos, roupas”, alertou o pesquisador Andreas Stohl. “As partículas realmente pequenas são provavelmente as mais importantes em termos de saúde e consequências ecológicas, porque você pode inalá-las e as muito pequenas provavelmente também podem entrar nos vasos sanguíneos”, acrescentou.

A pesquisa estimou que 550 mil toneladas de partículas com menos de 0,01 mm são emitidas todos os anos e metade delas chegam aos oceanos. Parte delas, cerca de 80 mil toneladas, chegam a áreas coberta de gelo e neve, contribuindo ainda para o derretimento dessas regiões, ajudando a absorver o calor do Sol.

ReproduçãoPoluição dos oceanos pode ter consequências para animais marinhos e pessoas. Foto: Reprodução

A maior preocupação em relação aos animais marinhos é a presença de produtos químicos e micróbios nocivos. Essas substâncias ainda podem afetar as pessoas que comem esses animais, mesmo que o impacto na saúde humana ainda não seja conhecido.

“Os fabricantes terão de responder de alguma forma, se isso realmente for motivo de preocupação”, afirmou Stohl, que ainda disse que essa questão vai ainda piorar. Por isso, a redução do uso de plástico no dia a dia é um caminho a ser seguido.

Acidez da água prejudica caranguejos

Um novo estudo da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, aponta que os níveis de acidez nas águas do Pacífico na costa noroeste do país estão causando danos a uma espécie de caranguejos encontrada na região.

Segundo a pesquisa, publicada no periódico Science of the Total Environment, o problema afeta principalmente a carapaça e órgãos sensoriais das larvas da espécie Dungeness. A acidez do ambiente está dissolvendo a casca dos filhotes e provocando anomalias na formação dos exoesqueletos. Caranguejos expostos ao problema apresentaram carapaças menores do que de larvas de outras espécies. A situação pode comprometer as habilidades motoras dos animais e deixá-los mais vulneráveis a predadores.

Via: Uol

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital