Ferramenta eletrônica reduz risco de uso exagerado de medicamentos

Solução criada por universidade austríaca dá suporte à decisão de clínicos gerais na prescrição de remédios; ela combina dados farmacológicos com dados de saúde do paciente
Fabiana Rolfini02/07/2020 18h13, atualizada em 02/07/2020 18h29

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À medida que a população envelhece, a prevalência de doenças crônicas aumenta. Como resultado, mais medicamentos são prescritos, muitas vezes sem necessidade. É aí que começa o risco da chamada polifarmácia, representada pelo uso de cinco ou mais medicamentos por uma única pessoa.

Para evitar tal prática perigosa à saúde, o projeto PRIMA-e-DS, financiado pela União Europeia e liderado pela Universidade de Medicina de Viena, na Áustria, desenvolveu uma ferramenta eletrônica de suporte à decisão de clínicos gerais na prescrição de medicamentos.

A solução foi testada em 4 mil pacientes em um período de dois anos e conseguiu reduzir o número de remédios prescritos em uma média de 0,5 medicamento por paciente. Também houve uma tendência de redução nas internações hospitalares.

Reprodução

Ferramenta dá suporte à decisão de clínicos gerais. Foto: Cameravit/ iStock

Análise de dados

A ferramenta é alimentada por vários bancos de dados farmacológicos e os combina com dados individuais de pacientes, tais como diagnósticos, função renal, etc. Em questão de segundos, ela exibe todas as interações medicamentosas, erros de dosagem e intolerâncias individuais, mesmo quando vários fármacos estão sendo administrados simultaneamente.

“A revisão padrão e meticulosa da medicação por um clínico geral é praticamente impossível, porque eles não têm tempo nem conhecimento farmacológico abrangente. Portanto, estabelecemos o objetivo de desenvolver uma simples ferramenta eletrônica de suporte à decisão para clínicos gerais, que identificasse casos de polifarmácia perigosa e sugerisse a descontinuação ou substituição desses medicamentos”, disse Andreas Sonnichsen, chefe do departamento de Clínica Geral da universidade, que liderou o estudo.

O próximo passo será avaliar se é possível reduzir algum tipo de custo com o uso da ferramenta.

Via: MedicalXpress

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital