Cientistas criam plaquetas para transportar medicamentos pelo corpo

Eles acreditam que o método pode ser mais eficaz que injetar nanorrobôs para este fim
Fabiana Rolfini12/06/2020 13h38, atualizada em 12/06/2020 13h40

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Recentemente, várias equipes de pesquisa propuseram injetar nanorrobôs no corpo humano para transportar medicamentos por todo o organismo. Agora, um grupo de cientistas tem uma ideia mais simples para tal: criar células a partir de outras já presentes na corrente sanguínea.

Cientistas da Universidade da Califórnia e da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pequim encontraram uma maneira de projetar plaquetas – as células finas e planas que formam coágulos e impedem que você sangre – para que possam se mover por todo o corpo.

Como as plaquetas já podem transportar hormônios como serotonina e epinefrina pela corrente sanguínea, os pesquisadores esperam que elas também sejam capazes de conduzir remédios.

Reprodução

Cientistas criam células a partir de outras já presentes na corrente sanguínea. Foto: Reprodução

Autonomia às plaquetas

Normalmente, as plaquetas apenas acompanham o fluxo sanguíneo e não conseguem se impulsionar por conta própria. Para lhes dar maior autonomia, os cientistas as revestiram com uma enzima chamada urease, que reage com os biofluidos encontrados no corpo. Essa reação pode então impulsionar a plaqueta para frente sem danificar a célula ou seu conteúdo.

Isso torna o sistema de administração de medicamentos mais seguro do que outras formas como nanorrobôs ou híbridos de células-robô porque elimina a necessidade de componentes metálicos rígidos ou mecânicos. Em vez disso, esse método depende apenas de células que já são comuns no corpo.

Apesar do método inovador, os cientistas ainda não testaram se essas plaquetas projetadas podem de fato transportar um remédio para onde ele realmente deve ir e causar o efeito esperado.

Via: Futurism

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital