Facebook trabalha em sistema de áudio inteligente

Apesar dos resultados, tecnologia não tem previsão de lançamento
Equipe de Criação Olhar Digital03/09/2020 21h00

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Um novo experimento do Facebook mostra como o som pode desempenhar um papel importante na realidade aumentada. A equipe do Facebook Reality Labs, liderada por Michael Abrash, divulgou detalhes sobre o que eles chamam de “superpotências perceptivas” – sistemas de realidade aumentada que descobrem o que você está tentando ouvir e, a partir disso, amplificam ou reduzem o ruído de fundo.

O Facebook busca o som virtual de alta qualidade há anos, principalmente por meio de seu dispositivo de realidade virtual Oculus. Como exemplo do projeto atual, a empresa fala sobre uma situação em que uma pessoa pode “manter uma conversa em um restaurante ou bar lotado sem ter que levantar a voz para ser ouvido ou se esforçar para entender o que os outros estão dizendo”.

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Em um teste, o Facebook mostrou como o sistema funciona em uma conversa. Foto: Facebook/ Divulgação

Os dispositivos de realidade aumentada atuais até conseguem fazer isso, mas não com muita clareza. Além disso, se você estiver usando um telefone para videochamada, o som pode ser bastante danificado. Com a nova tecnologia, o som pode ser projetado para dar a sensação de que você está na mesma sala com o interlocutor.

O Facebook pode implementar a tecnologia em outras iniciativas de realidade aumentada. O LiveMaps, por exemplo, cria mapas a partir do ambiente em que o indivíduo se encontra. No entanto, se o sistema identificar que alguém está em um restaurante, pode-se cancelar o tilintar de talheres.

Apesar de ter demonstrado a tecnologia, a empresa não informou quando ela deve chegar ao mercado. No entanto, sua implementação pode ocorrer em breve – em uma possível atualização do Oculus.

Segurança

Apesar de parecer revolucionário, o Facebook terá de convencer os usuários de que sua tecnologia é segura e que não é possível utilizá-la para espionagem, por exemplo. Isso porque a proposta do dispositivo é o de isolar sons em ambientes barulhentos – fazendo com que seja possível focar em uma conversa específica.

Ao ser questionado sobre isso, Abrash diz que, apesar de poderosos, os minúsculos microfones não têm capacidade suficiente para captar conversas de longo alcance.

Outra preocupação diz respeito à captação e ao armazenamento dos áudios. As pessoas, mesmo que inconscientemente, temem que eles possam ser usados para direcionar propaganda. No entanto, a equipe diz que qualquer captura será totalmente criptografada e armazenada em servidores que apenas um pequeno número de pesquisadores poderá acessar.

Via: The Verge