Nesta semana, o Facebook anunciou que será obrigatório o uso de uma conta da rede social para quem quiser qualquer um dos visores de realidade virtual da Oculus. A partir de outubro, a criação de novas contas já vai exigir vinculação com o Facebook, mas os usuários já existentes só precisarão fazer essa ligação em 2023.
No entanto, apesar de manter a funcionalidade em geral, quem não vincular a conta vai perder alguns aplicativos e funções, já que esses recursos vão forçar o usuário a criar uma conta do Facebook, afim de unificar as plataformas.
Essas mudanças serão aplicadas apenas para consumidores finais, e desenvolvedores seguirão com o modelo atual. O mesmo vale para instituições que utilizam os óculos de forma estritamente empresarial, já que essas formas de uso possuem login independente, mantendo-se inalteradas.
Oculus VR é propriedade do Facebook, que vem investindo cada vez mais no ramo da realidade virtual. Créditos: Flickr
Controle das políticas
As novas regras buscam igualizar as duas plataformas, tanto do Facebook, quanto a do Oculus. Essas mudanças trazem mais controle e proporcionam uma administração unificada, que é o objetivo da empresa.
O Facebook comprou a Oculus em 2014 e desde então vem, aos poucos, introduzindo suas especificidades à sua plataforma. No final do ano passado, por exemplo, foram adicionadaos aplicativos ao Oculus que já obrigavam o usuário a criar uma conta da rede social. Em 2018, a empresa também afirmou que, através da conexão entre serviços, poderia banir links quebrados ou provedores de spam que atravessassem ambas as plataformas, além de gerenciar propagandas que aparecerem para o usuário. A iniciativa foi criticada por ser considerada invasiva à privacidade das pessoas.
Segundo o próprio Facebook, a integração trará severos benefícios para quem a fizer. Um simples login poderá abrir um leque de opções e maximizar a experiência do usuário para recursos como o “Horizon” e o “Social VR World”, serviço anunciado no ano passado.
Fonte: The Verge