Explosão de Beirute liberou energia suficiente para mais de 100 casas por um ano

Explosão de Beirute foi uma das maiores não nucleares já vista; conclusão foi feita a partir dos vídeos registrados do momento
Redação06/10/2020 14h46, atualizada em 06/10/2020 15h30

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No dia 4 de agosto, uma série de explosões em um porto em Beirute, no Líbano, chocou o mundo com imagens impressionantes. Não foi para menos, segundo uma nova análise da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, essa foi uma das explosões não nucleares mais poderosas já registradas. A pesquisa foi publicada na revista Shock Waves.

Os engenheiros analisaram 16 vídeos feitos em diferentes locais ao redor da explosão. A partir dessas evidências, foram capazes de estimar a força da explosão. A equipe coletou 38 pontos de dados por meio dos vídeos, identificando a chegada da onda pelo áudio e analisando quadro a quadro, além do tamanho da bola de fogo que surgiu.

ReproduçãoExplosão causou uma destruição na cidade. Foto: Alex Gakos/Shutterstock

Após a análise, os engenheiros determinaram que o cataclismo foi equivalente à detonação de uma carga entre 550 e 1.200 toneladas do composto químico trinitrotolueno (TNT). Isso representa 5% da força da bomba nuclear que atingiu Hiroshima em 6 de agosto de 1945. Outra informação que foi possível determinar é que a explosão liberou 1 GWh em questão de milissegundos. Para atingir essa energia em uma hora, é preciso mais de três milhões de painéis solares, 412 turbinas eólicas ou 110 milhões de LED, segundo o Departamento de Energia dos Estados Unidos. Com essa quantidade de energia, é possível fornecer eletricidade para mais de 100 casas por um ano, de acordo com a universidade.

Consequências

As explosões no porto mataram pelo menos 180 pessoas e feriram outras 6.000. A causa determinada foi um incêndio no estoque de nitrato de amônio, material altamente explosivo, armazenado na região. Como resultado, uma enorme nuvem de dióxido de nitrogênio tóxico se ergueu, resultado da decomposição do nitrato de amônio sólido.

Cerca de metade dos edifícios da cidade foram danificados, fazendo com que mais de 250 mil pessoas fossem deslocadas. Além disso, 85% da reserva de trigo do país foi danificada de tal forma que o grão não podia mais ser consumido.

Via: Live Science

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital