Covid-19 contribui para reduzir poluição do ar mundial; veja imagens

China e Itália registram expressiva queda na emissão de gases poluentes
Fabiana Rolfini17/03/2020 16h08, atualizada em 17/03/2020 16h20

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Em meio a tantas notícias desanimadoras a respeito da pandemia de Covid-19, que a cada dia faz novas vítimas – são mais de 173 mil casos confirmados e mais de 7 mil mortos – a disseminação do novo coronavírus também trouxe uma contribuição: a redução na poluição do ar e possíveis vidas salvas como consequência.

Para se ter ideia, segundo cálculos do economista de recursos ambientais da Universidade de Stanford, Marshall Burke, na China, é muito provável que as vidas salvas pela recente redução notável da poluição excedam as mortes por Covid-19. A projeção indica que, em dois meses de menor emissão de poluentes na atmosfera chinesa, foram salvas 4 mil crianças com menos de cinco anos de idade e 73 mil adultos acima de 70.

Na Itália, que registra o segundo maior número de casos e com medidas rigorosas de quarentena, imagens registradas pelo satélite Copernicus Sentinel-5P no norte do país, capturadas entre 1 de janeiro a 11 de março, também revelaram uma grande queda na poluição do ar – especificamente por dióxido de nitrogênio, um gás emitido principalmente por carros, caminhões e indústrias. Confira as imagens no vídeo abaixo:

“Embora possa haver pequenas variações nos dados devido à cobertura de nuvens e às mudanças climáticas, estamos muito confiantes de que a redução nas emissões que podemos ver coincide com o período de bloqueio na Itália, causando menos tráfego e atividades industriais”, salienta Claus Zehner, gerente da missão Copernicus Sentinel-5P.

É claro que a queda na poluição atmosférica de ambos os países não é tão relevante frente à devastação causada pelo coronavírus. No entanto, os números preliminares demonstram que esse desastre global de saúde é uma oportunidade para avaliar quais aspectos da vida moderna são absolutamente necessários e que mudanças positivas podem ser possíveis, se mudarmos nossos hábitos em escala global.

Via: Science Alert

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital