Na quarta-feira (2), a Embraer encerrou o chamado Plano de Demissões Voluntárias. Com isso, 1,6 mil desligamentos de colaboradores que aderiram ao programa serão feitos. No entanto, além disso, a companhia informa que devem ocorrer outros 900 cortes para que o quadro de funcionários seja ajustado. No total, 2,5 mil pessoas serão demitidas das fábricas brasileiras.

Segundo a empresa, a decisão de desligar os funcionários é uma consequência da crise criada pela pandemia do novo coronavírus. Além disso, o fim da parceria com a Boeing é citado como um dos pilares do ocorrido.

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Encerramento da parceria entre Embraer e Boeing pode ter ajudado nas demissões. Foto: rafapress/ Shutterstock

Apesar disso, a empresa não divulgou quantos funcionários serão desligados por unidade da companhia. Atualmente, a Embraer possui 16 mil funcionários operando no Brasil. Desse total, dez mil trabalhavam na sede da empresa, localizada em São José dos Campos.

Nos primeiros seis meses do ano, a companhia registrou prejuízo de R$ 2,95 bilhões. Desse total, apenas no segundo trimestre, houve um dano líquido de R$ 1,68 bilhão – o pior número alcançado pela empresa em um trimestre nos últimos 20 anos.

Segundo a companhia, esse rombo ocorreu porque, no primeiro semestre de 2020, a Embraer entregou apenas quatro aviões comerciais e 13 aeronaves executivas.

Plano de Demissões Voluntárias

Para tentar minimizar os impactos da pandemia, a empresa criou o Plano de Demissões Voluntárias, em que os funcionários aderiam para que fossem desligados. No entanto, mesmo com 1,6 mil adesões, o programa não atingiu a número necessário. Por conta disso, a companhia teve de realizar mais 900 cortes para que a meta seja atingida.

Como já citado, a empresa diz que a decisão foi motivada pela crise instaurada pelo coronavírus. Mas, além disso, o setor, que foi um dos mais prejudicados, deve sofrer por mais alguns meses, já que não há expectativa de recuperação no curto e médio prazo.

Ao comentar a decisão, a Embraer afirma que o plano tem o “objetivo de assegurar a sustentabilidade da empresa e sua capacidade de engenharia”.

Via: G1