Além das famosas SpaceX e Tesla, Elon Musk está por trás de outros empreendimentos que têm como objetivo revolucionar seus respectivos campos de atuação. Nesta terceira parte do especial do Olhar Digital, apresentamos outras empresas em que o bilionário tem participação.

Nesta década, Musk lançou dois novos empreendimentos: a Neuralink e a Boring Company. A primeira trabalha para ligar o cérebro humano a máquinas e a segunda é, essencialmente, uma companhia de perfuração de túneis.

Ambas parecem ter muito menos atenção cotidiana de Musk. Durante seu julgamento por difamação, o empresário disse que Tesla e SpaceX ocupam cerca de 95% de seu tempo. Ainda assim, vale a pena mencionar os dois empreendimentos porque eles expandem a visão de mundo pela ficção científica do empresário.

Neuralink

A empresa foi fundada em 2016, cerca de uma década após os primeiros testes clínicos em que um indivíduo moveu um cursor em uma tela a partir de uma interface cérebro-máquina. A Neuralink foi divulgada publicamente em 2017 e Musk deu mais detalhes sobre as ambições da empresa: dar às pessoas com deficiência uma maneira de comandar computadores, permitir a comunicação telepática e enxertar o pensamento humano nos sistemas de inteligência artificial.

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Em 2019, a empresa divulgou alguns detalhes sobre as tecnologias desenvolvidas, como fios flexíveis para serem incorporados no cérebro. Além disso, o empresário anunciou que, com essa tecnologia, um macaco conseguiu “controlar um computador com o cérebro”, o que foi recebido com surpresa por muitos.

A companhia ainda está nos estágios iniciais: a biotecnologia geralmente leva mais de uma década da pesquisa inicial à venda no mercado, com muito estudo para ajudar a caracterizar os feitos atingidos. Portanto, alguns anos podem ser necessários para que essas tecnologias estejam disponíveis. Mesmo assim, Musk pode surpreender, já que é famoso por suas ideias ambiciosas.

Boring Company

A Boring Company evolui mais rápido – provavelmente porque não requer cirurgias no cérebro. Em janeiro de 2017, Musk tuitou sobre o fato de o tráfego de Los Angeles deixá-lo louco. Para lidar com esse problema, ele disse que tinha um novo empreendimento em mente: uma empresa de perfuração de túneis.

Além dos túneis, a empresa foi responsável pelo lançamento do lança-chamas “Not-A-Flamethrower” (“Não é um lança-chamas”, em português). Mais tarde, a companhia foi processada pela Escobar Inc., empresa de Roberto Escobar, o irmão de Pablo Escobar, que o acusou de roubar a ideia do dispositivo. 

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Mantendo-se em seu ramo primário de atuação, o primeiro túnel construído pela companhia foi inaugurado em dezembro de 2018. Naquela época, outros três projetos estavam em andamento: um para o estádio dos Dodgers em Los Angeles, um em Chicago e outro em Washington.

Em 2019, Chicago elegeu um novo prefeito e, de repente, os projetos da Boring Company foram colocados em segundo plano. Mesmo com a empresa deixada de lado, Las Vegas decidiu assinar um contrato de US$ 49 milhões para que a Boring Company desenvolva um túnel para transporte autônomo de pessoas. Espera-se que o empreendimento esteja concluído até a CES de 2021.

Nesta terceira parte da retrospectiva da década de Elon Musk, apresentamos as mudanças ocorridas na Neuralink e na Boring Company. Fique ligado aqui no Olhar Digital e acompanhe nesta sexta-feira (27) o quarto episódio desta história. Para rever as publicações anteriores, clique aqui para conferir o conteúdo sobre a SpaceX e aqui para saber mais sobre a Tesla.