Elon Musk: a década da SpaceX

A SpaceX foi uma empresa que cresceu muito na área espacial nesta última década; muito disso está ligado às ideias de seu CEO, Elon Musk
Luiz Nogueira24/12/2019 00h07, atualizada em 24/12/2019 20h14

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Elon Musk é, sem dúvida nenhuma, uma figura bastante polêmica. O empresário bilionário está cada vez mais presente quando se fala em avanços tecnológicos e à frente de empresas gigantes como SpaceX e Tesla. Então, como era de se esperar, Musk teve uma década e tanto.

Para relembrar os acontecimentos envolvendo o empresário na última década, o Olhar Digital preparou um especial. Confira, a seguir, a primeira parte dele – e acompanhe aqui mesmo, durante esta semana de Natal, outros momentos das empresas do polêmico Musk.

SpaceX

Em 2010, com o lançamento do foguete Falcon 9, a SpaceX se tornou a primeira empresa privada a atracar na Estação Espacial Internacional (ISS). Desde então, a Dragon é o principal veículo usado pela Nasa para entregar suprimentos à ISS.

Em 2014, a Nasa aprofundou seu relacionamento com a empresa ao fechar um acordo para desenvolver uma versão da cápsula Dragon para o transporte de pessoas. Abril de 2015 foi o mês em que a SpaceX comemorou o feito de ter completado sete missões até a estação espacial.

Cápsula Crew Dragon

Ainda em 2015, mais precisamente em dezembro, a empresa deu um grande passo ao lançar seu primeiro foguete reutilizável. A ideia de Musk era tratada com ceticismo até então porque recondicionar um foguete é caro. Entretanto, após diversos testes, ele decidiu investir nessa possibilidade. Felizmente, em dezembro de 2017, a empresa fez os primeiros lançamento e pouso com um foguete reutilizado.

Explosões de foguetes

Mesmo com os acertos da SpaceX, nem sempre suas missões foram tranquilas. Em junho de 2015, o Falcon 9 explodiu alguns minutos após o lançamento. O problema ocorreu logo depois de uma falha em um tanque de oxigênio líquido dentro do foguete.

Uma segunda nave explodiu durante o abastecimento em setembro de 2016 – dessa vez, houve um escândalo, já que sabotagem foi uma das suspeitas para a explosão. Essa falha acabou sendo atribuída a um problema com os tanques de hélio, compostos de fibra de carbono e oxigênio sólido.

As duas explosões atrasaram os lançamentos seguintes planejados pela SpaceX, enquanto a empresa investigava as causas. Houve uma terceira explosão em 2017, mas ela não diminuiu a velocidade dos voos, uma vez que foi apenas um motor em uma bancada de testes. Uma quarta explosão aconteceu em abril de 2019, com uma versão de teste do Crew Dragon – o veículo da SpaceX destinado a pessoas.

Os planos

Em setembro de 2016, Musk apresentou seus planos para criar um assentamento em Marte. Ele revelou, em uma apresentação, o Sistema de Transporte Interplanetário, composto por uma nave espacial e um foguete. Além disso, o empresário disse que planejava colocar todos os recursos da SpaceX na missão de Marte, mas isso ainda não aconteceu.

Enquanto a SpaceX trabalhava em seus projetos, o mercado do lançamento de foguetes começou a mudar. A desaceleração do segmento de satélites comerciais – e o menor número de foguetes necessários para lançá-los – significava que a SpaceX precisava reformular seus planos.

Pode ser por isso que a empresa decidiu apostar em turismo espacial. Em 2018, Musk anunciou que Yusaku Maezawa, o bilionário japonês fundador da Zozotown, a maior varejista de roupas online do Japão, seria o primeiro cliente privado a viajar para a Lua no futuro projeto da empresa – que foi renomeado de Sistema de Transporte Interplanetário para Nave Estelar.

Pouco tempo depois, entretanto, em maio de 2019, Maezawa tuitou que estava sem dinheiro. Por esse motivo, o destino desse voo em específico ainda é incerto.

Telecomunicação da SpaceX

O turismo espacial parece não ser a única estratégia da SpaceX para ganhar dinheiro. A empresa se aventura atualmente no campo das telecomunicações com o Starlink – que promete fornecer serviços de banda larga em 2020.

O projeto consiste de uma constelação de satélites com pelo menos 12 mil dispositivos em baixa órbita terrestre – embora a empresa tenha planejado lançar 30 mil inicialmente. Diversos astrônomos ainda têm dúvidas sobre essa ideia, mas Musk segue com os planos.

Reprodução

Em maio de 2019, a SpaceX começou a enviar ao espaço seus primeiros satélites. Ao todo, foram lançados 60 deles, mas alguns falharam. Em outubro, Musk tuitou usando a rede fornecida pelos satélites. Ele escreveu: “Uau, funcionou!”.

Em novembro, um novo carregamento, com outros 60 aparelhos, foi enviado. Se esse lançamento for bem-sucedido, a SpaceX entra em uma nova fase: fornecer internet de banda larga para locais onde redes convencionais não chegam.

Este é o primeiro dos quatro conteúdos especiais sobre Elon Musk e seus projetos. Os demais estarão disponíveis aqui no Olhar Digital no decorrer desta semana de Natal. Fique ligado e acompanhe conosco os próximos capítulos da história de Elon Musk na última década.

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital