Aplicativo rastreia saúde mental do usuário conforme uso do smartphone

Programa desenvolvido por canadenses é capaz de detectar estado emocional carregado dependendo da velocidade e força de digitação; app está sendo testado por 300 pessoas
Redação20/07/2020 15h04, atualizada em 20/07/2020 17h19

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Pesquisadores da Universidade Dalhouse, no Canadá, decidiram encontrar uma forma de monitorar a saúde mental das pessoas por meio de um equipamento que já se tornou uma extensão do corpo: o smartphone. Com isso, foi desenvolvido o Prosit, um aplicativo que pode detectar ansiedade e depressão com base na maneira com que a pessoa usa o celular.

O programa utiliza recursos fáceis de rastrear, como sono, exercício, chamadas, mensagens e gostos musicais. Porém, também observa dados mais sutis, como velocidade e força de digitação, que podem sugerir um estado emocional carregado. Além disso, todas as semanas, os usuários são convidados a gravar um pequeno áudio de 90 segundos, descrevendo o mais emocionante da semana e relatar os sentimentos em uma escala pré-determinada.

O rastreamento de dados levanta a questão da segurança dos usuários, mas os pesquisadores estão cientes disso. O aplicativo requer a assinatura de um formulário de consentimento e os dados são armazenados em um “local seguro”. Apesar dessas medidas de segurança, é extremamente difícil garantir completamente a segurança das informações coletadas.

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Ainda assim, aplicativos como o Prosit podem ser úteis em um momento no qual a saúde mental das pessoas tem sido bastante comprometida. Apesar de não criar uma imagem completa do bem estar psicológico dos usuários, o app pode servir como um instrumento a mais para ajudar os profissionais a entender o paciente fora das seções de terapia.

O aplicativo está sendo testado por 300 pessoas desde fevereiro e não tem uma data para ser disponibilizado ao público. O projeto possui um site oficial para contar ao público o que é desenvolvido.

Redes sociais e a saúde mental

Parece um ambiente seguro. Afinal, fica dentro de casa, onde pais e familiares podem se manter alertas sobre qualquer movimentação. Só que muitas vezes é um vale sombrio repleto de solidão. Uma solidão acompanhada de muito ciberbullying.

Este é o cenário da internet hoje para muitos. Em julho de 2019, houve um caso muito simbólico: a blogueira Alinne Araújo, que falava justamente sobre sua própria depressão nas redes, cometeu suicídio um dia após casar-se consigo mesma — ela decidiu seguir com o casamento mesmo depois da desistência do noivo, um dia antes da cerimônia.

Via: Engadget

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital