No último mês, o aplicativo de alteração de aparência FaceApp voltou a ser utilizado e ter suas imagens publicadas nas redes sociais. Assim como das outras vezes em que ganhou espaço, as contestações sobre a segurança dos usuário voltaram à tona. O aplicativo é desenvolvido pelo estúdio russo Wireless Lab, e o fato de o governo do país ter acesso a todos os dados armazenados em servidores locais gera o debate sobre a privacidade do app.

Porém, em uma entrevista dada ao Engadget, Juggs Ravalia, vice-presidente da FaceApp Inc., subsidiária registrada nos Estados Unidos, negou qualquer questão relacionada à segurança. O executivo explicou que a única imagem que é carregada no aplicativo é a escolhida para que a alteração seja feita. Após isso, ela é criptografada com uma chave salva apenas no próprio smartphone.

“Mesmo que alguém nos peça essa foto, não armazenamos a chave”, garantiu. Além disso, Ravalia afirmou que a imagem fica salva apenas por 24 hora e que, caso o usuário não faça uma nova edição, ela será marcada para exclusão, o que leva mais 24 horas.

ReproduçãoImagem usada para edição é armazenada apenas por 24 horas. Foto: Divulgação

Quanto à questão de dados salvos em servidores russos, o executivo afirmou que não é verdade. “Armazenamos fotos criptografadas no local regional mais próximo ao usuário ou nos Estados Unidos”, dizendo ainda que o FaceApp utiliza os serviços em nuvem da Amazon e do Google.

O fato de não exigir um cadastro ou um login do usuário, para Ravalia, é mais um indicativo de que não há problemas em usar o aplicativo, além da possibilidade dada de excluir os dados armazenados.

“Fizemos tudo, em termos de produto, para garantir que estamos fazendo as coisas para cumprir [a lei] e queremos ouvir os usuários e as críticas”, destacou o executivo. “Não usamos essa foto para nenhum outro propósito, seja treinamento, venda de dados, publicidade, nada”, finalizou.

Via: Engadget