Há 19 anos, em 11 de setembro de 2001, o mundo testemunhou um dos piores ataques terroristas de todos os tempos. Coordenado pela Al-Qaeda, o acidente envolvendo dois aviões comerciais e as Torres Gêmeas do World Trade Center fez 2.977 vítimas nos Estados Unidos.
No entanto, o fatídico dia não foi marcado apenas por este ataque. Mais tarde, uma aeronave, também sequestrada por terroristas, foi lançada contra o Pentágono. Aqui, 184 mortes ocorreram. Entre as vítimas, estavam funcionários do governo e passageiros do voo. Um quarto avião chegou a ser sequestrado por integrantes da Al-Qaeda, mas caiu na Pensilvânia, deixando 44 mortos.
Ataque fez quase 3 mil vítimas. Foto: STILLFX/ Shutterstock
De lá para cá, os Estados Unidos conseguiram se defender de alguns novos ataques. Isso ocorreu graças ao alto investimento nas tecnologias de detecção e acompanhamento de possíveis ameaças.
Os avanços tecnológicos tornaram a segurança virtual mais viável e completa para situações específicas. Com isso, autoridades passaram a usar drones, inteligência artificial, biometria e outras soluções para combater o terrorismo. Conheça alguns dos métodos.
- Avatar
Abreviação de Agente Virtual Automatizado para Avaliações da Verdade em Tempo Real, o dispositivo é uma espécie de cabine que foi instalada na fronteira entre EUA e México e, por meio de inteligência artificial, questiona pessoas sobre suas intenções no país.
A partir disso, ele consegue identificar alterações físicas na expressão, gestos e voz. Em um exemplo, a tecnologia está condicionada a questionar se um imigrante está portando uma arma e tenta encontrar algum sinal de hesitação na resposta.
Apesar de ter sido instalado e mostrar certo potencial de detecção, a tecnologia ainda passa por alguns testes para verificar sua eficácia em situações adversas. A ideia é que o sistema também esteja disponível em aeroportos no futuro.
- Escudo Edgevis
Criada pelo Exército dos EUA, a tecnologia é composta por uma série de sensores instalados no solo e que servem para identificar pessoas passando sobre eles, sejam a pé ou com algum veículo.
A parte interessante é que o sistema possui a capacidade de se “curar” caso seja danificado. Isso acontece porque a rede de sensores consegue suprir a falta de um dos componentes e continuar funcionando.
- Previsão de ataques
Entrando em áreas de reconhecimento de padrões, análise preditiva e aprendizado de máquina, o Exército e a polícia norte-americana investem em ferramentas de aprendizado de máquina para prever onde e quando uma atividade terrorista provavelmente ocorrerá. O método é chamado de previsão de crime em tempo real.
- Desarmando explosivos improvisados
Os explosivos são as armas preferidas dos terroristas. Isso porque são relativamente baratos e podem ser empregados ou implantados usando uma vasta gama de técnicas, incluindo coletes e jaquetas de explosivos – além de carros e caminhões.
Para resolver isso, as tecnologias desenvolvidas fornecem visão profunda sobre vários tipos de explosivos e suas atuações. O objetivo disso é tentar identificar como difundi-los e onde possivelmente são feitos e escondidos.
- Proteção de portos
Os portos não são tão vigiados quanto os aeroportos. Isso pode ser justificado pelo fato de que é bastante difícil monitorar toda a costa. No entanto, a Organização do Tratado do Atlântico Norte explora a possibilidade de criar redes de sensores para a superfície que podem detectar e desativar ameaças. O projeto estuda tecnologias que podem ajudar a imobilizar motores de lanchas detectadas como ameaças, por exemplo.
11 de setembro e o coronavírus
A homenagem feita anualmente em memória das vítimas do atentado foi um pouco modificada este ano, devido à pandemia do novo coronavírus. Até ano passado, as famílias liam o nome das vítimas em uma cerimônia tradicional.
Memorial criado em homenagem às vítimas do ataque. Foto: Minghong Xia/ Shutterstock
Agora, por conta das recomendações de distanciamento social, a homenagem foi gravada previamente e será exibida em uma cerimônia pela internet. “É um ano fora do comum, mas nunca tivemos dúvida de que faríamos uma homenagem. Os nomes serão lidos e serão ouvidos onde quer que as pessoas estejam. É um pouco inconveniente, mas vamos nos manter seguros dessa forma”, disse Alice Greenwald, diretora do memorial dedicado às vítimas, em entrevista à NBC.