A qualidade de vídeo 4G no Brasil agora é melhor do que a experiência dos usuários nos Estados Unidos, de acordo com um estudo global realizado pela Opensignal, uma empresa de análise móvel. É a primeira vez que isso acontece no país.
Comparando com o relatório feito no ano passado, a experiência de vídeo melhorou em 59 dos 100 países analisados. No Brasil, a evolução foi de 6,4 pontos. Isso quer dizer que, pela primeira vez, o Brasil entrou na lista de países onde a qualidade do 4G é considerada boa.
Por outro lado, os consumidores nos Estados Unidos puderam notar uma ligeira melhora, mas a qualidade de vídeos rodados em 4G é considerada razoável. Os EUA obtiveram o menor índice dentre todos os países do G7. Segundo o relatório da Opensignal, isso reflete na luta das provedoras do país em torno da combinação de enorme consumo de vídeo e espectro móvel insuficiente.
Esse é um problema que os EUA compartilham com outros grandes mercados, como Coreia do Sul e Canadá. De acordo com a pesquisa, os dois países têm algumas das velocidades de download mais rápidas do mundo, mas ocupam apenas o 21° e o 22° lugar, respectivamente, na experiência de vídeo 4G.
“Essa diferença de desempenho é um reflexo de como as operadoras estão conseguindo impedir que grandes quantidades de dados de vídeo obstruam suas redes, impactando o uso de outros serviços móveis”, disse Ian Fogg, vice-presidente da Opensignal Analytics.
Outros países da América do Sul tiveram uma melhora na experiência de vídeo 4G, de acordo com o estudo. No Uruguai, houve uma melhora de 14 pontos em relação ao desempenho observado em 2018. A prestação de serviços no país também é considerada boa. Seis países foram listados no relatório como tendo qualidade de vídeo 4G excelente: Noruega, República Tcheca, Dinamarca, Áustria, Hungria e Países Baixos.
De acordo com um outro relatório, feito em agosto deste ano, o Brasil – em particular a cidade de São Paulo – possui a melhor velocidade 4G da América Latina. As velocidades de download foram medidas em seis grandes cidades latino-americanas para o relatório – Buenos Aires, São Paulo, Bogotá, Lima, Cidade do México e Santiago. A taxa de download mais rápida foi identificada na megalópole brasileira, que conta com 21,3 Mbps.
Via: ZDNet