Cobertura 4G melhorou no Brasil, aponta pesquisa

Melhora ocorreu devido a desativação do sinal de TV analógica no país
Luiz Nogueira15/11/2019 16h01, atualizada em 15/11/2019 16h11

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O fim do sinal analógico de TVs no Brasil fez com que o sinal de internet 4G melhorasse, segundo uma pesquisa da Opensignal, empresa de análise móvel. Essa mudança ocorreu devido à faixa de 700 MHz, disponibilizada após a desativação do sinal.

Isso foi percebido porque, nas dez capitais pesquisadas (Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador), houve um aumento de pelo menos 4% no tempo que os usuários passaram conectados à rede 4G. Esse aumento de tempo está relacionado a maior cobertura das redes. Com uma faixa mais ampla, mais longe o sinal pode chegar.

“As licenças móveis nas faixas de 700 MHz são muito procuradas, uma vez que a frequência relativamente baixa é ideal para a propagação de rede em uma área ampla”, disse Peter Boyland, analista da Opensinal. “Por ser uma faixa de frequência baixa, ela oferece também uma boa penetração em edifícios e lugares fechados, o que é mais importante nas grandes cidades”, completa.

Porto Alegre foi a capital que teve maior aumento de cobertura, passando de 76,2% para 86,1%. Porém, ela foi a única das dez capitais em que esse aumento afetou a velocidade de download de alguns usuários, de 18,3 Mbps para 18,1 Mbps, em média. Como justificativa para isso, a Opensignal observou que a melhora da disponibilidade afetou diretamente a velocidade de download, pois causou um congestionamento das redes.

Em todas as outras capitais houve um aumento na velocidade, com destaque para Manaus (AM), que saltou de 10 Mbps de download para 14,7 Mbps. Mesmo assim, a capital amazonense fica na quarta posição do ranking, logo abaixo de Porto Alegre (RS) que, apesar da queda, se mantém na liderança de internet mais rápida. Brasília (17,7 Mbps) e São Paulo (16,1 Mbps), são o segundo e terceiro lugar, respectivamente.

“A implantação de redes de 700 MHz está tendo um efeito muito significativo no Brasil, e isso deve se intensificar no ano que vem com o leilão do 5G e das sobras da faixas de 700 MHz”, acrescentou Boyland.

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital

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