iPhone 11 comprado nos EUA não tem suporte total ao 4G do Brasil

Se está pensando em importar o celular, fique atento à limitação
Renato Santino12/09/2019 18h09

20190910090009-1920x1080

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Se você está pensando em adquirir um iPhone 11 nos Estados Unidos ou pedir para alguém comprar na próxima vez que algum conhecido estiver no país, fique atento: os novos iPhones 11, anunciados nesta semana pela Apple, não são totalmente compatíveis com o 4G brasileiro, o que pode impactar sua experiência de uso dependendo da região onde você mora.

O problema está na falta do suporte à frequência de 700 MHz, que começou a ser implementada após o desligamento do sinal de TV analógico. A frequência é estratégica pelo seu alcance mais amplo, permitindo cobrir uma região maior com menos antenas, além de penetrar melhor em paredes, permitindo melhor uso em espaços fechados. Não à toa, ela era o grande desejo das operadoras desde o início da operação do 4G no país e deve alavancar consideravelmente a cobertura de internet móvel, especialmente em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos.

Nos EUA serão vendidos dois modelos do iPhone 11 Pro: o A2160 e o A2161. O site oficial da Apple mostra que eles serão compatíveis com as bandas 1 (2.100 MHz), 3 (1.800 MHz), 5 (850 MHz) e 7 (2.600 MHz). As especificações técnicas, no entanto, apontam para o fato de que a banda 28 (700 MHz) está ausente. Da mesma forma, ao olhar as especificações do iPhone 11 padrão, de modelo A2111, a frequência não está inclusa.

Isso não significa que o celular não vai pegar o 4G no Brasil, pelo menos em boa parte do país. No entanto, em regiões onde apenas a frequência de 700 MHz estiver ativa, o celular será, sim, limitado ao 3G.

Outro desafio está ligado ao que as operadoras chamam de 4G+ ou 4,5G, que utilizam uma tecnologia conhecida como agregação de portadora. Isso significa que o celular se conecta a múltiplas frequências simultaneamente para obter uma conexão mais rápida. Ou seja: será mais difícil para um iPhone utilizar essa função sem o suporte à rede de 700 MHz.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital