Google, Claro, Oi, TIM e Vivo anunciam lançamento do RBM no Brasil

Considerado o sucessor do SMS, a versão corporativa do RCS permite enviar imagens, áudios, vídeos e documentos
Luiz Nogueira20/08/2020 12h27, atualizada em 20/08/2020 12h55

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Tido como uma evolução do SMS, o RCS (Rich Business Messaging) é um protocolo de comunicação entre operadoras de telefonia móvel. No entanto, o serviço ainda não havia sido amplamente adotado no Brasil, mas isso está prestes a mudar.

Como primeira iniciativa do tipo no mundo, todas as principais operadoras brasileiras anunciaram na última quarta-feira (19) a chegada do RBM (Rich Business Messaging), versão corporativa do RCS. As empresas Claro, Oi, TIM e Vivo implementarão a novidade, que utiliza a plataforma do Google. Além das operadoras, o sistema recebeu o apoio de empresas como Samsung, Motorola, LG, Multilaser e Positivo.

Reprodução

Principais operadoras brasileiras anunciam a chegada do RBM ao país. Foto: Google

Apesar de ser uma evolução do envio padrão de mensagens de texto, um não chega para substituir o outro. Ambos continuam existindo e com a possibilidade de receber mensagens em qualquer um dos formatos usando o mesmo aplicativo – que pode ser o Android Messages ou o Samsung Messages, por exemplo.

Mesmo com várias semelhanças, o que diferencia o SMS do RCS é principalmente o conteúdo das mensagens. Enquanto o primeiro possui suporte apenas para texto, o segundo padrão é bastante semelhante com o que já conhecemos dos aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, em que é possível trocar imagens, áudios, vídeos e documentos.

Chegada ao Brasil

A tecnologia não é totalmente nova por aqui. Isso porque, em 2019, a Oi foi a primeira operadora a disponibilizar o RCS para seus clientes. Logo em seguida, a Vivo e a Claro fizeram o mesmo. Com isso, considerando apenas as grandes operadoras do país, a TIM era a única que ainda não havia implementado o serviço.

A adesão de todas era bastante importante para que os clientes pudessem conversar entre si mesmo com planos de empresas diferentes. Para resolver isso, recentemente, a operadora aderiu ao sistema e permitiu o lançamento da versão corporativa da ferramenta.

Com o RBM, novas possibilidades podem ser exploradas. Agora, é possível, por exemplo, enviar um cartão de embarque de um voo, visualizar fotos de produtos dentro da conversa e até receber suporte técnico de empresas. Mas, além disso, contas comerciais ganham selos de autenticidade – o que pode ajudar a diminuir os golpes aplicados -, e há relatórios de leitura, para verificar quando a mensagem foi acessada.

Preço

Assim como o SMS, as mensagens serão cobradas de acordo com o envio. Apesar disso, as operadoras decidiram trabalhar com duas frentes para a cobrança do serviço. As opções são divididas entre preços avulsos e de sessões de até 24 horas.

Além disso, há condições de utilização promocionais até dezembro de 2020. A partir de janeiro do próximo ano, os valores terão reajuste. Cada operadora tem seu preço – que pode ser variável.

A Claro/ Nextel e TIM, por exemplo, definiram que cada mensagem avulsa enviada até o fim do ano custa R$ 0,05, enquanto as sessões de até 24 horas têm o custo de R$ 0,10. A Oi apresenta modelos um pouco mais caros, com R$ 0,052 por envio avulso e R$ 0,13 pelo “pacote”. A Vivo, por sua vez, vai cobrar o mesmo preço para ambos os casos, ou seja, R$ 0,056.

A partir de janeiro de 2021, como dito, os valores sofrerão reajuste. Com isso, Claro/ Nextel e Oi vão cobrar R$ 0,08 pelo envio de mensagens únicas. TIM e Vivo cobrarão R$ 0,10. No caso das sessões de 24 horas, todas elas definiram o preço em R$ 0,20.

Mesmo com os preços definidos, as operadoras não cobrarão do consumidor caso uma conversa com uma marca seja iniciada. Além disso, não haverá cobrança pelo tráfego de dados utilizado em conversas feitas por RCS.

Via: Mobile Time

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital