Assim como a Claro, a Vivo também está trazendo o 5G para o Brasil antecipadamente por meio do Dynamic Spectrum Sharing (DSS), sistema que permite à operadora dar uma prévia de como a aguardada conexão funcionará. Ainda assim, vale ressaltar que não é tão eficiente quanto o 5G real.

“Nós já estamos provando o 5G e vamos lançar em sete ou oito capitais do Brasil no fim de julho com as frequências atuais que nós temos”, informou Christian Gebara, CEO da Vivo.

O DSS, Compartilhamento Dinâmico de Espectro em tradução livre, funciona ao redistribuir os espectros já existentes e usados na rede 4G, alterando entre diferentes frequências de acordo com a demanda.

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Christian Gebara, CEO da Vivo, diz que preços de aparelhos 5G são muito elevados no mundo, não apenas no Brasil. Imagem: Gabriel Reis

“São frequências baixas, que não são as ideias para o 5G. Vamos começar a provar para ver se funcionam, talvez não com a mesma latência [prevista para o novo padrão], mas com a velocidade nessas capitais. Já as frequências mais altas, que são necessárias para experiência mais plena do 5G, vão ser leiloadas no ano que vem”, explicou Gebara.

O CEO lembrou, no entanto, que para utilizar o 5G, são necessários dispositivos que suportem esse tipo de conexão. “Precisamos de pessoas com aparelhos, não adianta ter 5G pouco acessível ou não disponível. Hoje é muito limitado, não só no Brasil como no mundo, e ainda com preço muito elevado. Estamos nos preparando para essa corrida, mas não podemos esquecer que o Brasil tem uma porcentagem elevada de pessoas que ainda não têm aparelho 4G”, disse Gebara.

Na semana passada, a TIM contou que usará o mesmo método para levar o 5G às cidades de Bento Gonçalves (RS), Itajubá (MG), e Três Lagoas (MS). A Oi também apontou que pode utilizar o DSS para fornecer o 5G no Brasil antes do leilão que irá distribuir as frequências para a implantação da rede oficialmente.

Leilão do 5G no Brasil

O aguardado leilão para a implantação de redes 5G no Brasil foi adiado para o primeiro semestre de 2021. Segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, por conta da pandemia de coronavírus não foi possível finalizar todos os testes de campo necessários para impedir possíveis interferências da tecnologia em outros serviços. 

Ele acredita que o debate sobre a implementação da tecnologia será necessário e se alongará para o ano que vem. “Tenho certeza que este ano não dará mais pra fazer este leilão. Isso fica para 2021”, declarou o ministro.

 

Via: Teletime