Clonagem de WhatsApp já fez mais de 3 milhões de vítimas em 2020

Somente em julho, 340 mil pessoas tiveram a conta do mensageiro clonada
Luiz Nogueira12/08/2020 18h53, atualizada em 12/08/2020 19h05

20200121104454

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

De acordo com um levantamento feito pelo dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital, desde janeiro, mais de três milhões de pessoas foram vítimas de um esquema que realiza a clonagem do WhatsApp.

Apesar disso, o mês de julho registra a menor média de golpes do tipo, 340 mil vítimas – o número mais baixo contabilizado desde o começo do ano. Mesmo assim, os problemas envolvendo cibersegurança crescem constantemente.

Para evitar isso, Emilio Simoni, diretor do dfndr lab, alerta que a melhor maneira de se proteger é aliando educação à tecnologia: “A popularidade que este tema ganhou nos últimos tempos ajudou na conscientização e certamente contribuiu para a diminuição no número de vítimas em julho. Mas ainda não é o suficiente para o combate efetivo ao golpe, os criminosos estão sempre criando maneiras para atrair e enganar vítimas, por isso é necessário ter sempre uma solução de segurança instalada em seu dispositivo”.

O levantamento ainda indica que 40 mil links maliciosos foram descobertos em julho e projeta que cerca de 5.8 milhões de brasileiros foram vítimas da prática. Os golpes mais utilizados são os que exibem notificações no navegador do usuário – as chamadas “notificação push”.

Reprodução

Somente em julho, 340 mil pessoas tiveram seu WhatsApp clonado. Foto: iStock/ViewApart

“A estratégia dos criminosos é induzir a vítima a clicar em um link malicioso, geralmente compartilhado através de redes sociais ou WhatsApp, com a promessa de acesso a um conteúdo específico. A página falsa, então, solicita a permissão para o envio de notificações. Ao conceder a permissão, a vítima permite que o cibercriminoso enviar a ela anúncios, que geram lucro aos atacantes através de visualizações, e também acaba permitindo o recebimento de novos golpes”, diz Simoni.

Como se proteger?

Em primeiro lugar, sempre utilize soluções de segurança no celular. Elas são fundamentais para proteger o dispositivo contra ameaças digitais e ajudam a identificar conteúdo potencialmente perigoso.

A autenticação de dois fatores do WhatsApp também sempre deve estar ativa. O recurso aumenta a segurança da conta e pode ser crucial para evitar a clonagem – desde que o código de segurança recebido por SMS não seja informado aos criminosos.

Sempre desconfie de links recebidos pelo mensageiro. Descontos muito grandes, promessa de brindes e notícias sensacionalistas são as principais abordagens adotadas pelos cibercriminosos na hora de tentar roubar a conta dos usuários. Por fim, se tiver dúvida se um link recebido é real, o melhor a se fazer é não clicar nele.

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital