Famosos boicotam o Facebook em protesto à desinformação e discurso de ódio

Artistas e influenciadores vão ficar um dia inteiro sem postar nas redes sociais pertencentes ao Facebook; grupo pede por mudanças antes das eleições americanas
Equipe de Criação Olhar Digital16/09/2020 14h56

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Publieditorial

Celebridades como Kim Kardashian, Jennifer Lawrence e Leonardo DiCaprio vão se ausentar das redes sociais nesta quarta-feira (16) em apoio à campanha Stop Hate For Profit, que pressiona o Facebook a banir definitivamente as publicações contendo discurso de ódio e desinformação.

O objetivo do protesto é chamar atenção às supostas falhas presentes nas regras da plataforma, que, segundo a coalizão, “levam à violência na vida real e semeiam a divisão”. Com apoio de artistas e influenciadores, o grupo pede que a companhia de Mark Zuckerberg realize mudanças nesse sentido antes das eleições americanas, que ocorrem em novembro.

Em vez de publicar conteúdo corriqueiro, as celebridades vão dedicar o dia à conscientização de seus seguidores, compartilhando informações que reforcem o argumento da campanha.

Jennifer Lawrence, por exemplo, escreveu no Twitter que o Facebook ignora o ódio e a desinformação porque, segundo ela, “decidiu deliberadamente colocar os lucros acima das pessoas e da democracia”.

Kim Kardashian, por sua vez, ressaltou que vê um lado positivo nas redes sociais, já que é por meio delas que se conecta com os fãs, mas que não pode ficar de braços cruzados diante de publicações que almejam “dividir a América ao meio”.

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Campanha ‘Stop Hate For Profit’ pressiona o Facebook a aplicar restrições mais rígidas à publicação de discurso de ódio nas redes sociais. Imagem: Kim Kardashian/Twitter

Desinformação na pandemia

De acordo com o site da campanha, foi o crescimento da desinformação compartilhada durante a pandemia que os levou a intensificar as pressões contra o Facebook. O assassinato de George Floyd e a subsequente onda de protestos “Black Lives Matter”, em maio, reforçaram a importância do movimento.

“Na esteira de uma pandemia global de saúde, a falha do Facebook em atualizar as políticas que permitiram o ódio, as teorias da conspiração e a proliferação de conteúdo racista e antissemita em sua plataforma continua a ser uma fonte de dor para comunidades inteiras”, diz o site.

Vale lembrar que, em julho, a Stop Hate For Profit incentivou grandes empresas a pararem de anunciar na plataforma por um mês inteiro. Gigantes como Unilever, Honda e Coca-Cola aderiram. Na ocasião, Mark Zuckerberg defendeu sua companhia afirmando que a desinformação e o ódio são apenas uma “pequena parte” do Facebook, e que a empresa não lucra com isso.

Via: BuzzFeed News