Facebook pode testar WhatsApp Pay em vários países

Com a criptomoeda Libra perdendo força, empresa pretende testar sistema de pagamento via WhatsApp em países como México e Indonésia
Equipe de Criação Olhar Digital18/10/2019 22h00

20191008013602
Publieditorial

Nas últimas semanas notícias sobre o Facebook tiveram o foco nos problemas enfrentados pela Libra, criptomoeda da empresa. No entanto, com a meta de lançar a moeda virtual em 2020 cada vez mais distante, Mark Zuckerberg pode começar a testar o WhatsApp Pay em alguns países, entre eles México e Indonésia.

O Facebook perdeu nos últimos dias um quarto dos membros em potencial para a sua criptomoeda. O PayPal desistiu no dia 4 de outubro e, uma semana depois, Stripe, eBay, Visa e Mastercard também renegaram a Libra. Embora a criação da moeda virtual seja mais impactante por conta do contexto político americano, o investimento no WhatsApp Pay parece mais promissor.

O sistema de pagamento digital pelo aplicativo já foi testado na Índia para um milhão de usuários. O serviço permite enviar pagamentos a qualquer pessoa na lista de contatos de um usuário. Após a experiência, parece que a empresa pretende iniciar testes no México e em outros países.

“A esperança é lançar isso em muitos lugares com as moedas existentes antes do final deste ano”, afirmou Zuckerberg, em uma reunião que vazou em julho. Informações do Jakarta Post indicaram que outro possível destino para os testes seria a Indonésia.

A experiência na Índia, no entanto, teve de ser adiada pois o governo local ficou preocupado com o armazenamento de dados do Facebook de transações indianas. Caso a empresa consiga se adequar aos padrões de armazenamento de dados indianos, poderia estabelecer seu serviço de pagamento para centenas de milhões de pessoas no país.

Portanto, ainda que as prioridades do Facebook no momento sejam a Libra, as aspirações financeiras da empresa não tendem a se limitar somente à criptomoeda. Os resultados da moeda virtual dificilmente afetarão a estratégia ampla de pagamentos de Mark Zuckerberg para o futuro.

Via: Quartz