OMS declara que Rússia não precisa de sua aprovação para registar a vacina

No entanto, a agência informa que deverá ter acesso aos dados de pesquisa para confirmar a eficácia do imunizante
Luiz Nogueira11/08/2020 12h52, atualizada em 11/08/2020 12h55

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Nesta terça-feira (11), a Rússia anunciou que foi o primeiro país a registrar uma vacina contra o novo coronavírus. Apesar disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou que precisará ter acesso aos dados da pesquisa feita pelo Intituto Gamelaya para analisar a eficácia do imunizante. Mesmo assim, a agência de saúde informa que o país não precisa de seu aval para realizar o registro da criação.

A OMS é responsável por acompanhar o desenvolvimento das vacinas no mundo todo. Atualmente, são 160 projetos em andamento. No último levantamento feito pela entidade, em 31 de julho, a vacina russa ainda estava na primeira fase do processo – são necessárias três antes de realizar o registro.

Reprodução

OMS ainda deve analisar a eficácia do imunizante. Foto: Reuters

Os dados coletados pela OMS são alterados semanalmente. Mesmo assim, Tarik Jasarevic, porta-voz da agência, disse que a informação que consta no monitoramento é a que está mantida – sobre a primeira fase.

Apesar disso, a OMS diz que países não precisam de autorizações para aplicar a vacina criada em seus territórios. O que a entidade faz é apenas realizar um processo de pré-qualificação, uma espécie de selo de qualidade. “Há um processo de revisão e avaliação dos dados de segurança e eficácia que foram colhidos nos ensaios clínicos. A OMS faria isso para qualquer vacina candidata”, afirma o porta-voz.

Atualmente, a organização está em contato com a agência regulatória russa para falar sobre uma pré-qualificação da vacina criada. No entanto, antes que isso aconteça, é necessário que uma avaliação rigorosa de todos os dados da pesquisa seja feita.

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Hoje, a Rússia registrou uma vacina contra a Covid-19. Apesar do ceticismo de autoridades do mundo todo, a nação afirma que a imunização é eficaz.

Para demonstrar que a criação é capaz de proteger contra o vírus, o presidente Vladimir Putin afirma que uma de suas filhas já foi vacinada e que desenvolveu um grande número de anticorpos após receber duas doses.

Apesar disso, cientistas do mundo todo alertam para os riscos de usar uma vacina antes da chamada Fase III, em que há a aplicação da criação em humanos, envolve milhares de pessoas e dura meses até que se tenha uma resposta definitiva sobre a eficácia. No entanto, Putin ressalta que o imunizante passou por todos os testes necessários e ofereceu imunidade duradoura contra a doença.

Via: G1

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital