Veja como a imunidade ao novo coronavírus se compara a outras doenças

Descobrir mais sobre como a imunidade ao novo vírus funciona será fundamental para combater a pandemia
Redação24/04/2020 17h33, atualizada em 24/04/2020 17h35

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Uma das principais incógnitas sobre o novo coronavírus é como nosso organismo pode se tornar imune a ele. Quando você é infectado por um vírus, assim como uma bactéria, seu sistema imunológico revida produzindo proteínas chamadas de anticorpos.

Eles perduram por muito tempo e seu corpo está preparado para produzir mais, se você entrar em contato com o vírus novamente.

Uma vacina funciona da seguinte maneira: ao introduzir uma versão morta ou enfraquecida de um vírus em seus sistema imunológico, você o “engana” para produzir anticorpos em resposta. Logo, se você entrar em contato com o vírus real, seu corpo estará preparado.

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Os vírus não se comportam da mesma forma em termos da resposta imune que provocam. Por exemplo, se você teve catapora quando criança, provavelmente ficará imune à reinfecção pelo resto da vida. No caso da gripe H1N1, a imunidade pode durar até 10 anos.

Com o coronavírus que causa um resfriado comum (diferente da Covid-19), a imunidade desaparece após alguns meses, e é por isso que você pode detectar novas infecções ano após ano. Mas quando se trata do novo coronavírus, esse período de imunidade é incerto. “Como esta é uma infecção muito nova, não temos certeza de quanto tempo esses anticorpos perduram”, diz Dr. Seema Yasmin, diretora da Stanford Health Communication Initiative.

A melhor aposta pode ser compará-lo com o coronavírus causador da SARS. Nos pacientes infectados com esse vírus, os níveis de anticorpos atingiram o pico entre dois e quatro meses após a infecção e ofereceram proteção por dois a três anos. “Acho que o vislumbre de esperança pode estar na possibilidade de uma semelhança genética entre o coronavírus causador da SARS e o novo coronavírus”, acrescenta Yasmin.

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Do ponto de vista da genética, outro vírus a ser considerado como comparação é o HIV. Esse vírus é bem difícil de tratar, porque sofre mutações quando se multiplica. O corpo humano pode desenvolver anticorpos, mas serão menos eficazes à medida que o vírus se modificar.

Descobrir mais sobre como a imunidade ao novo vírus funciona será fundamental para combater a pandemia. Quanto mais pessoas se tornam imunes, mais nos aproximamos do ponto em que a maioria dos membros da população possui anticorpos. Então começaremos a desacelerar e, eventualmente, parar a pandemia.

Via: Wired

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital