Nesta sexta-feira (21), Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse que a entidade espera que a crise sanitária causada pelo novo coronavírus seja resolvida em menos de dois anos.

“Hoje o vírus está se movendo mais rápido porque as conexões estão aumentando, mas ao mesmo tempo temos mais tecnologia e conhecimento para detê-lo”, disse Adhanom.

Na coletiva de imprensa, que já se tornou rotina, o diretor-geral lembrou da gripe espanhola, pandemia anterior que afetou o mundo em 1918 e durou dois anos.

Reprodução

Pandemia na África do Sul. Imagem: Siphiwe Sibeko/Reuters

Quanto à pandemia na África do Sul, Adhanon aproveitou para pontuar os casos de corrupção que envolvem os equipamentos de proteção individuais (EPIs) no país como “assassinato”, já que o desvio está impedindo que os habitantes se protejam da contaminação.

“Se os trabalhadores da saúde trabalharem sem equipamento de proteção individual, eles arriscam suas vidas e também colocam em risco a vida das pessoas a quem cuidam”, afirmou o diretor-geral.

Para Adhanom a corrupção “é um crime e é um assassinato” e, consequentemente, “tem que acabar”.

OMS diz que imunidade de rebanho não é viável

Desde que a pandemia do novo coronavírus se espalhou, uma das esperanças para a contenção da doença era a chamada imunidade de rebanho. Isso acontece quando um parcela tão significativa da população possui anticorpos contra o vírus que, mesmo aqueles que não têm, estão protegidos, já que ele não tem muitos “alvos”. Agora, porém, Mike Ryan, diretor de operações da OMS, descartou tal possibilidade.

A entidade chegou à conclusão depois de que estudos feitos em mais de 50 países apontarem que menos de 10% das pessoas possui anticorpos contra o Sars-Cov-2. Entre os profissionais da saúde e aqueles que trabalham na primeira linha de combate à doença, esse número sobe para apenas 25%.

Via: Época Negócios