O governo da Rússia anunciou o compartilhamento de informações acerca da sua vacina contra o novo coronavírus à Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta é mais uma etapa adotada pelo país desde que anunciou o registro da primeira vacina contra o vírus. 

De acordo com a diretora-geral assistente da OMS, Mariângela Simão, a eficácia desse medicamento ainda será avaliada. Resta saber também se a vacina russa provoca efeitos colaterais graves. “Essa vacina usa tecnologia mais simples, e será ótimo para o mundo se ela for considerada segura e eficaz”, afirmou a diretora-geral à Rádio Bandeirantes.  

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Reprodução

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De acordo com a OMS, a vacina russa não passou por todas as etapas de testes necessárias. Créditos: Yegor Aleev/TASS.


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Contradições

Apesar de existirem cerca de 165 imunizações contra o novo coronavírus em estudo em todo o mundo, Mariângela alerta para a possibilidade de não haver aplicação em larga escala de uma vacina antes de 2021.

Entretanto, o governo russo afirma que a Sputnik V, nome da vacina registrada, é segura e eficaz. Em um recente levantamento da OMS, a vacina russa não consta na lista de imunizações com provável eficácia. Isso acontece porque ela se encontra na primeira fase de testes, ao contrário de outras seis vacinas que estão na terceira e última etapa. 

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De acordo com informações divulgadas pelo governo, a primeira etapa da fase 1 de testes da vacina russa foi realizada com 18 pessoas, entre profissionais de saúde e professores voluntários, que receberam uma dose na forma liofilizada – vacina “desidratada” com molécula estabilizada. Já na fase 2, 20 pessoas participaram do teste. 

Para a diretora-geral assistente, a comunidade científica precisa se debruçar sobre algumas questões. A primeira delas é a confirmação de como se deu a transmissão do vírus – de um animal para humanos. Outro ponto importante é o consenso acerca da origem do vírus, que ainda é desconhecida.